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Isolamento hospitalar não é necessário para a maioria dos casos de Mpox em Moçambique

O Director Nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, confirmou que, apesar da capacidade das unidades sanitárias para o isolamento de pacientes, tal medida não é necessária actualmente.

Durante uma actualização na província de Maputo sobre a evolução da Mpox no país, Fernandes assegurou que os pacientes que contraíram a doença estão a apresentar uma recuperação satisfatória, mesmo no seu isolamento domiciliar. “A Mpox é uma doença zoonótica de origem viral e, geralmente, autolimitada. A maioria dos pacientes evolui de forma positiva, não necessitando de internamento”, explicou.

Actualmente, Moçambique regista um total de 31 casos cumulativos de Mpox, com 28 casos na província de Niassa, dois em Manica e um na província de Maputo. Entre os confirmados, 13 são do sexo feminino, 18 do sexo masculino, e a maioria dos casos (80%) ocorre na faixa etária dos 15 aos 45 anos, havendo também dois casos em crianças com menos de cinco anos. Treze pacientes já receberam alta após o período de isolamento, enquanto 18 permanecem em acompanhamento, todos a evoluir de forma satisfatória, sem registos de óbitos.

Quinhas Fernandes informou que todas as províncias possuem capacidade para isolar casos que requeiram cuidados hospitalares, mas indicou que a maioria dos pacientes não necessitará de internamento.

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Até então, o país reporta 185 casos suspeitos de Mpox, com 153 testados, dos quais 122 resultaram negativos e 32 estão ainda em processamento.

O elevado número de casos suspeitos é considerado normal e reflete um estado de alerta no país. De acordo com Fernandes, isso é indicativo da capacidade de resposta do sistema de saúde, uma vez que várias outras doenças apresentam sintomas semelhantes.

Em relação à vacinação, o director esclareceu que esta é uma medida complementar e não a principal, destacando o caso de 2022 em Maputo, em que a doença foi controlada sem necessidade de vacinação. Embora o país espere solicitar vacinas, o acesso a elas é limitado ao nível global.

Fernandes apelou à população para a intensificação das medidas de prevenção, incluindo o isolamento de casos positivos e a evitação de contacto com objectos dos doentes. O uso de máscara é crucial, especialmente para os afectados, para reduzir a disseminação do vírus. Ademais, recomenda-se a prática de relações sexuais protegidas.

No encerramento, deixou um apelo para evitar a propagação de desinformação que possa gerar pânico e discriminação entre aqueles que se encontram infectados, e reiterou a necessidade de que todos os casos suspeitos sejam encaminhados para as unidades sanitárias para verificação e análise laboratorial.