O ministério da Defesa não gostou de ouvir o director-geral do GAZEDA dizer que a zona de servidão militar deve ser reformulada e que já há uma decisão do governo para transformar o aeródromo militar de Nacala em aeroporto civil. Os recados de Danilo Nalá só serviram para extremar posições e o ministério da Defesa diz que vai entrar na linha de combate até ao fim.
Fontes ligadas ao processo avançaram a nossa fonte que o ministério da Defesa mantém-se inflexível e vai continuar a impor o embargo aos projectos levantados à volta da base aérea de Nacala, à luz do Regulamento de Servidão Militar.
Nos corredores de coordenação do Ministério da Defesa existe o entendimento de que a cintura da base aérea ainda é parte integrante do quartel, mesmo com a aprovação de uma resolução que transforma a unidade num aeroporto civil.
A 27 de Abril de 2010, na sua 15.ª Sessão de Conselho de Ministros, o governo apreciou e aprovou duas resoluções para acomodar a Zona Económica Especial de Nacala. A primeira resolução estabelece a desafectação do Aeródromo Militar de Nacala do ministério da Defesa Nacional e sua afectação à empresa Aeroportos de Moçambique.
A base aérea é, essencialmente, sustentada por um aeródromo militar, que garante o exercício e manobras no ar. Ao passar a infra-estrutura para as mãos da empresa Aeroportos de Moçambique, cessa o papel do ministério da Defesa e das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
O Governo aprovou ainda uma resolução que visa transformar o aeródromo militar de Nacala em Aeroporto Internacional para satisfazer a demanda dos grandes investimentos em curso na região norte do país, considerando que a zona de Nacala, na província de Nampula, se afigura como um importante ponto estratégico para o desenvolvimento socioeconómico devido às potencialidades que oferece.