O transporte de mudas sem a observância das medidas anteriormente referidas desencadeia um processo nefasto para a planta, nomeadamente a evapotranspiração deixando a murcha, portanto. Algumas mudas desenvolvem raízes que chegam a escapar-se pela parte inferior da bolsa. Nestas situações os estudos aconselham para a decapitação de tais raízes sete dias antes da transferência da muda para o local definitivo para o seu estabelecimento. Este trabalho garante o suporte natural pela planta de situações relacionadas com a baixa precipitação e estimula a resistência ao vento durante o transporte e tolerância a seca no campo definitivo.
“Há um preconceito dos produtores de que o corte das raízes da muda do cajueiro que aparecem fora do plástico pode concorrer para a morte precoce da planta, mas isso não constitui a verdade” – rebateu Uaciquete.
Acrescentou que depois da sua ramificação é imperioso acompanhar continuamente o processo de formação da copa da muda do cajueiro para o seu corte facto que concorre para uma melhor qualidade da planta que se pode consubstanciar por ramos bem desenvolvidos.
Baseando-se nos resultados das pesquisas, Américo Uaciquete disse que a possibilidade de apegamento das mudas após a decepção do ápice se situa acima dos 80 por cento. Para as mudas não podadas a possibilidade de germinação é de 30 por cento, sendo esta a razão do relativo atraso que se verifica na reposição do parque cajuícola ao nível do país.
A realização do estudo enquadra-se no âmbito da implementação do plano estratégico do subsector do caju que preconiza a elevação dos volumes de produção da cultura até cerca de 200 mil toneladas de castanha até 2020 na base de novos plantios de clones.
O Instituto de Fomento do Caju, como autoridade governamental competente para garantir o desenvolvimento do subsector, vem promovendo estudos a muitos anos visando apurar as razões que estão por detrás da mortalidade elevada de mudas de cajueiro depois do estabelecimento das plantas no campo definitivo.