Trata-se, segundo o chefe do Departamento Técnico na Direcção da Agricultura de Sofala, António Pacheco, de uma adversidade atmosférica que assolou directamente os produtores, principalmente do sector familiar baseados nos distritos de Dondo, Nhamatanda, Búzi, Chibabava, Machanga, Chemba, Caia e Marromeu.
O facto deve-se ao transbordo dos rios Zambeze, Púnguè, Búzi, Save, Metuchira, Muda, entre outros cursos de água localizados na zona centro do país que continuam com o nível hidrométrico acima do alerta.
Mesmo assim, a nossa fonte apontou haver nesta safra perspectivas de uma boa campanha agrícola, podendo-se atingir as metas inicialmente previstas de cerca de dois milhões de toneladas de diversas culturas alimentares contra mais de 1.5 mil da última produção.
Tais expectativas residem em consequência dos produtores terem desenvolvido suas actividades nas zonas baixas e alta, sendo que para a recuperação da produção perdida o sector da agricultura começa a colocar sementes a um preço subsiado nos revendedores autorizados.
Com efeito, espera-se maior atenção para a 2ª época que anualmente arranca no país no mês de Abril. Para isso, os extensionistas das redes pública e privada que actuam na província de Sofala estão a sensibilizar camponeses para o aproveitamento da humidade nas margens dos rios resultante destas inundações.
