Trabalhadores e clientes da distribuidora Kawena uniram-se numa manifestação exigindo indemnizações e reembolsos de valores pagos após o anúncio do encerramento da empresa, que se dedicava à comercialização de produtos alimentares e materiais de construção.
Um total de 19 trabalhadores, incluindo despachantes, carregadores e transportadores, juntaram-se a clientes insatisfeitos para expressar a sua indignação. Em Abril, o patronato havia acordado com uma parte dos funcionários o pagamento faseado de indemnizações, enquanto outros receberam um período de férias de três meses. No entanto, os valores prometidos não foram pagos. Por exemplo, motoristas deveriam receber aproximadamente 45 mil meticais cada, quantia que permanece pendente.
Os trabalhadores relataram que não foram oficialmente informados sobre o encerramento da distribuidora, tendo tomado conhecimento da situação através das redes sociais. Clientes também partilharam as suas dificuldades em receber produtos que haviam encomendado, mesmo após efectuar os pagamentos, com perdas pessoais variando entre 6 mil e 50 mil meticais.
Apesar do anúncio do encerramento, a empresa continuava a realizar obras de reabilitação nas suas instalações, que foram suspensas pelos trabalhadores em protesto, levando os operários a abandonarem o local há dois dias.
O gerente da Kawena na província de Gaza confirmou que a decisão de encerrar as operações foi motivada por dificuldades financeiras e lamentou não ter recebido os seus direitos, tendo também tomado conhecimento da decisão através das redes sociais.
Uma nota oficial da Kawena Distributors (Pty) Ltd, datada de 24 de Setembro de 2025, confirmou o encerramento das operações, citando como causas a crise de liquidez, os protestos pós-eleitorais e a falta de reembolso do IVA por parte do Estado, além da impossibilidade de recapitalizar a empresa.