A transportadora sul-africana Airlink anunciou o cancelamento dos seus voos para Nampula, em Moçambique, numa resposta a uma ordem provisória emitida por um tribunal moçambicano que determinou a apreensão de três aeronaves da companhia.
A decisão surge na sequência de um incidente registado a 7 de Dezembro de 2024, quando dois cidadãos moçambicanos foram expulsos de um voo da Airlink em Joanesburgo por comportamento considerado indisciplinado e ameaçador. Após a expulsão, os passageiros tomaram medidas legais contra a transportadora, levando a Airlink, ao tribunal em Moçambique.
Conforme reportado pelo portal Eyewitness News, a ordem de apreensão foi emitida, mas os esforços dos funcionários do tribunal para executar a medida falharam. Em resposta, a Airlink já nomeou um advogado em Moçambique para defender os seus interesses jurídicos e contestar a validade da ordem judicial.
O CEO e director-geral da Airlink, Rodger Foster, expressou a sua confiança na falta de mérito da reivindicação, sublinhando que as operações aéreas da companhia para Moçambique decorrem segundo um acordo bilateral de serviços aéreos entre a África do Sul e Moçambique. “Estamos a procurar a assistência do Departamento de Transportes da África do Sul e do Departamento de Relações Internacionais e Cooperação para resolvermos a situação através de canais diplomáticos. Continuaremos a monitorar o desenrolar dos acontecimentos”, afirmou Foster.