Um moçambicano e dois cidadãos paquistaneses foram detidos na cidade da Beira, após a polícia descobrir na bagageira da viatura em que se faziam transportar a quantia de 136 mil dólares, aproximadamente 9 milhões de meticais.
A apreensão ocorreu durante uma operação de rotina, onde as autoridades se mostraram vigilantes em relação a movimentações financeiras suspeitas.
O montante, que soma 136 mil e 400 dólares, foi encontrado escondido no fundo da bagageira do veículo, que era conduzido pelo moçambicano. A presença de um dos paquistaneses na viatura levantou ainda mais suspeitas sobre a origem do dinheiro.
Durante o interrogatório, os detidos alegaram que a quantia se destinava à compra de pedras para a construção, uma justificativa que não convenceu as autoridades.
O suposto proprietário do dinheiro, identificado como dono de um estabelecimento comercial de calçados na Beira, afirmou que circulava com a quantia na viatura há cerca de três semanas, uma medida tomada por questões de segurança, dado que não confia nos bancos.
“Vendemos uma loja que construímos em Chimoio, com nossas próprias mãos. Vendemos para um estrangeiro, mas ele não conseguiu realizar o pagamento pelo banco”, explicou um dos indiciados.
Além disso, a polícia revelou que um terceiro indivíduo, irmão mais velho de um dos acusados, foi detido por corrupção activa, o que complicou ainda mais a situação dos envolvidos. O motorista, por sua vez, negou qualquer envolvimento em actividades ilícitas, assegurando que desconhecia a presença do dinheiro na viatura.
As investigações prosseguem, enquanto as autoridades procuram esclarecer as circunstâncias que rodeiam esta apreensão significativa e o verdadeiro propósito da quantia em questão.
O caso levanta também importantes questões sobre a movimentação de grandes somas de dinheiro em Moçambique e as medidas de segurança adoptadas pelos comerciantes locais.