Sociedade Inundações destroem 500 hectares de culturas

Inundações destroem 500 hectares de culturas

AIS de quinhentos hectares de culturas diversas, entre cereais, tubérculos e hortícolas, são considerados perdidos na presente época agrícola 2020/21 nos distritos de Chibuto, Guijá e Chókwè, em Gaza, em consequência das inundações provocadas pelo transbordo do rio Limpopo e pelas chuvas intensas que assolaram a província nas últimas semanas.

O balanço preliminar das autoridades da província indica também que nos distritos de Chibuto e Chókwè, quatro pessoas perderam a vida, duas das quais crianças de cinco anos de idade e dois adultos. Registou-se ainda, nos três distritos, muitas infra-estruturas públicas e privadas destruídas, centenas de casas inundadas e algumas danificadas; uma dezena de estabelecimentos escolares inundados, assim como dezenas de estradas intransitáveis e material de produção agrícola, com destaque para mais de 15 motobombas perdidas.

No distrito de Chókwè, o mais afectado pelas enxurradas, as autoridades locais estimam a inundação de 3465 hectares de campos agrícolas, com prejuízos significantes sobre as plantações de milho, arroz, hortícolas e de feijão, numa área de 414 hectares. Os danos nesse distrito, incluem também o alagamento de 884 residências e quase uma dezena de infra-estruturas públicas, afectando 4014 pessoas.

O vizinho distrito de Guijá somou 468 hectares com culturas diversas inundadas, dos quais 71 são dados como perdidos, afectando a 487 famílias. Neste distrito, muitas vias de acesso ficaram intransitáveis, provocando enormes constrangimentos na circulação de pessoas e de viaturas, sobretudo as vias que dão acesso ao interior do distrito, como é o caso da estrada principal para o posto administrativo de Nalazi que ficou cortada, deixando aquela parcela sem ligação rodoviária com a sede distrital.

Por sua vez, no Chibuto com um total de 2170 hectares inundados, o executivo local anunciou que vai perder cerca de seis por cento da sua produção agrícola prevista para presente época, com a destruição dos seus pontos estratégicos de produção, nomeadamente Chaimite, com 944 hectares inundados, seguido do posto administrativo-sede com 724 e Malehice com 421 hectares, levando 2212 produtores ao desespero.

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As chuvas causaram, ainda, destruição de estradas urbanas, dificultando a circulação de viaturas e peões em diferentes bairros da cidade de Chibuto. O “Notícias” apurou no local que decorrem trabalhos de tapamento de ravinas, abertura de poços de retenção e drenagem das águas fluviais, acções levadas a cabo pelo Conselho municipal.

Nesses pontos, os produtores garantiram à governadora Margarida Mapandzene Chongo, que semana passada efectuou uma visita aos locais afectados, no quadro da monitoria da época chuvosa, que apesar das perdas a moral ainda continua em alta. Porém, pediram mais ajuda em insumos e meios para a preparação da terra.

No terreno, Margarida Mapandzene Chongo acompanhou atentamente às preocupações da população, referindo que com a regularidade da chuva que cai na província, o foco é o apoio aos camponeses com a disponibilização das sementes de milho, feijão e hortícolas.

O executivo está também preocupado com o reassentamento das famílias afectadas pelas inundações em Chókwè e pela erosão no distrito de Chibuto, um processo que, como a governante disse, é bastante complexo e que requer muita atenção e responsabilidade.

“Muitas famílias que foram atribuídas espaços em zonas seguras nos anos anteriores, voltaram a estabelecer-se nas suas antigas áreas alegadamente em busca de alimento ou de outras condições de sobrevivência”, disse Mapandzene, acrescentando que, “temos que constantemente estar a resolver os mesmos problemas. Vamos continuar a trabalhar em conjunto para encontramos soluções para esta situação” referiu a governante.