Sociedade Seca deixa população de Govuro sem água

Seca deixa população de Govuro sem água

O “O Pais” encontrou uma maternidade no Posto Administrativo de Jofane em Govuro, que não funciona há vários anos. A maternidade ficou inundada no ano 2000, quando o Rio Save atingiu perto de 10 metros de caudal, mas o mesmo rio, hoje não passa dos 36 cm.

A última vez que choveu em Jofane foi a 8 de Dezembro do ano passado, e caíram apenas 17 mm. E porque a chuva por lá é rara, na machamba toda produção secou e mais se 3600 famílias tiveram de ser assistidas com alimentos.

Mas, o grande problema persiste. Não há água em Jofane e as pessoas têm de percorrer uma média de 8 a 10 km até ao rio Save para conseguir 25 litros do precioso líquido.

Há cerca de 30 km de Jofane encontramos pessoas em Luido, perfiladas a espera de encher o recipiente com a tão preciosa água.

Mas o sofrimento daquelas famílias ainda estava longe de terminar, uma vez que o gerador que ajuda a tirar água avariou, e as mulheres ficaram pelo menos 8 horas a espera para ter o líquido precioso.

A longa espera não é por acaso. É que além do furo de Luido, a fonte de água mais próxima fica a 20 km, uma distância que não é feita por qualquer pessoa. Só quem tem viatura pode fazer e ajudar a quem não pode.

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades em Inhambane diz que está a trabalhar para em menos de 5 dias garantir água as populações de Luido e Jofane em Govuro. Cândido Mapute diz que a instituição vai providenciar um gerador, bem como combustíveis e lubrificantes para ajudar aquela população a obter água.

Como forma de contornar a falta de água, a população até montou caleiras nas residências, para conseguir alguma coisa, mas porque não chove, os reservatórios estão vazios.

O País