O Governo e os transportadores ainda não chegaram a consenso quanto às novas tarifas dos “chapas”, reiterando apenas que os actuais valores cobrados no serviço urbano devem ser urgentemente agravados.
Falando recentemente na capital, Carlos Mesquita, ministro dos Transportes e Comunicações, e Castigo Nhamane, presidente da Federação Moçambicana das Associações de Transportadores Rodoviários (FEMATRO), disseram que continuam a discutir em torno de propostas avançadas.
Os responsáveis, com destaque para o ministro, reiteraram que as actuais tarifas de sete e nove meticais estão há muito desajustadas.
Entretanto, escusaram-se a revelar detalhes sobre as prováveis tarifas que os passageiros passarão a pagar. Não indicaram também o horizonte temporal das negociações.
Oficialmente, o “chapa” em Maputo e Matola custa sete e nove meticais, mas em algumas rotas cobra-se entre 10 e 15 meticais.
A viagem Costa do Sol/Zimpeto via Estrada Circular de Maputo, por exemplo, custa 12 meticais. Na ligação Matola-Gare/Zimpeto, usando a mesma rodovia, paga-se 10 MT. Nos trajectos Zimpeto/Mucupe e Zimpeto/Matibjana, os passageiros são obrigados a desembolsar 15 MT, só para indicar alguns exemplos.
As negociações ocorrem numa altura em que as partes optaram em alterar o modelo de compensação do Governo para o serviço, deixando de ser em dinheiro e passar a materializar-se em autocarros.
À luz do novo acordo, 50 autocarros deverão chegar ao país até à primeira semana de Junho para o transporte de passageiros em Maputo e Matola
As viaturas fazem parte de um total de 300 que serão importados pelo Executivo e passadas a transportadores dentro de 12 ou 18 meses, uma nova modalidade de subsídio ao serviço prestado pelos privados.
Até ao momento, o Governo desembolsava, anualmente, cerca de 42 milhões de meticais para apoiar o transporte público de passageiros nos centros urbanos do país.
Jornal Notícias