Falando na apresentação da referida pesquisa, Margarida Chagunda, médica oftalmologista que participou na pesquisa, disse que deve haver um trabalho sério nas comunidades sobretudo rurais de forma a aderirem aos serviços de saúde ocular.
A fonte recordou que a cegueira é um problema de saúde pública nos países em vias de desenvolvimento e Moçambique não é excepção, sendo que a maior parte dos casos ocorre em pessoas com mais de 50 anos.
A pesquisa, segundo avançou a fonte, visava determinar a magnitude e as causas da deficiência visual na província de Sofala bem como avaliar a utilização de serviços de cirurgia da catarata na região. Margarida Chagunda disse ainda que as actividades para a prevenção da cegueira vêm sendo desenvolvidas na província de Sofala desde 2004 e contam com o apoio da Ligth For The Word, uma organização não-governamental que trabalha na prevenção, controlo e combate à cegueira no país.”
A nossa entrevistada lamentou o facto de ainda haver elevados casos de deficiência visual na província de Sofala que entretanto ainda podem ter cura, mas tais não estão a ter o devido tratamento.
Por seu turno, o director do Hospital Central da Beira (HCB), César Macome, falando em representação da directora provincial de Saúde de Sofala, revelou que um dos problemas que fragiliza a luta contra o combate à cegueira tem a ver com a falta de infra-estruturas apropriadas, qualidade de serviços oculares, entre outras dificuldades.
Macome disse, entretanto, que apesar daquelas dificuldades é necessário continuar a expandir os serviços de oftalmologia na província de Sofala, de modo a reduzir os casos de cegueira.