Sociedade Meio Ambiente Chókwè e Baixo Limpopo – Regadios adaptados às mudanças climáticas

Chókwè e Baixo Limpopo – Regadios adaptados às mudanças climáticas

Nos últimos tempos, as alterações climáticas têm ocorrido com maior frequência no país, daí que se espera que com esta acção sejam resilientes, permitindo, deste modo, o aumento da produção e produtividade agrárias.

De entre os regadios ora em reabilitação, segundo o Ministro da Agricultura, José Pacheco, contam-se os de Chipembe e Nguri, na província nortenha de Cabo Delgado, e Munda-Munda e Chimunda, na Zambézia. Igualmente, decorre a construção do regadio de Paunda, em Inhambane (Sul).

José Pacheco falava quinta-feira na Assembleia da República, no decurso da sessão de perguntas ao Governo.

Tendo em vista a protecção e defesa das grandes cidades, segundo o Ministro, foram construídos sistemas de saneamento e drenagem das cidades da Beira e Quelimane.

Pacheco revelou que a estratégia para redução da vulnerabilidade, a curto prazo, inclui a reabilitação dos diques de protecção das cidades de Xai-Xai e Chókwè, as descargas de fundo da Barragem de Massingir e a reposição do funcionamento normal do sistema hidromecânico da barragem de Muecate.

As obras incluem ainda a reabilitação do terraço a jusante e a reposição da rede de estações hidro-climatológicas danificadas nas bacias de Montepuez, Lugenda, Rovuma, Lugela, Monapo, Maluli, Lúrio, Incomati e Limpopo.

“Para reduzir os efeitos cíclicos de cheias estão em curso várias acções, com destaque para a actualização das regras de operação das barragens de Massingir, Pequenos Libombos e Corrumana, com vista a conferir maior segurança às infra-estruturas, para além da construção do descarregador auxiliar na barragem de Massingir que irá aumentar a sua capacidade de encaixe”, avançou Pacheco, citado pela AIM.

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Chókwè e Baixo Limpopo - Regadios adaptados às mudanças climáticas

O governante disse ainda que a vulnerabilidade ainda é maior nas bacias hidrográficas comuns, nas quais Moçambique se localiza a jusante dos rios.

Nestes locais, segundo o titular do pelouro da agricultura, a capacidade para mitigar o efeito das tempestades extremas também é fraca, facto que tem originado a desgraça de muitas famílias, sobretudo as que vivem em casas de construção precária.

“Neste caso, a cooperação com os países a montante, para a implementação de sistemas de aviso prévio da ocorrência de cheias, secas e ciclones, a elaboração de planos de contingência e a disponibilização de recursos adequados para a construção de infra-estruturas mais robustas revela-se de extrema importância”, reconheceu Pacheco.

Segundo Pacheco, as bacias hidrográficas dos rios Maputo, Incomáti, Limpopo, na região Sul; Save, Buzi, Pungue e Zambeze, no Centro; e Licungo e Messalo na região Norte, estão localizadas em zonas propensas à ocorrência de cheias que têm resultado ciclicamente em perdas avultadas para a sociedade e para a economia nacional.

A ocorrência de cheias nestes lugares está a tornar-se cada vez mais frequente e severa, impondo uma especial e harmonizada acção entre os diferentes intervenientes públicos e privados tendo em vista a redução dos efeitos negativos impostos pelas mudanças climáticas.