Dados colhidos em casa do finado que deixa viúva e duas filhas menores, indicam que Pedro Paulo foi assassinado em pleno exercício das suas actividades.
“Pedro era minha primeira sorte e eu já estava satisfeito porque ele começava a prosperar na vida. Tinha o seu carro e fazia os seus negócios. Infelizmente, ficamos sem ele”, lamentou Paulo Chaisse, pai do finado, acrescentando que também foi motorista e que durante os 16 anos de guerra entrou em várias emboscadas, salvou-se “e agora pagou o meu filho”, disse vertendo lágrimas.
Entretanto, três dos quatro sobreviventes do assalto que continuam a sua viagem à cidade de Maputo, contaram à nossa Reportagem que os atacantes estavam fortemente armados e uniformizados. “Eu vi cerca de 20 homens trajando fardamento verde com boinas pretas, fortemente armados. Aventina Alexandre, Tojó Satar, meu tio, foram assassinados depois de despojados de todos os bens que levavam”, contou Xavier Armando, de 20 anos.
Os três, que se dirigiam a Maputo, viajando numa camioneta de marca Toyota Hino de 10 toneladas, teriam caído inadvertidamente nas mãos dos homens armados quando obedeceram ao sinal destes para imobilizar a viatura, numa zona a cerca de 20 quilómetros da sede da vila de Muxúnguè. Já com a viatura parada, o grupo de assaltantes, em número não especificado, trajados de uniforme verde começaram, primeiro, por despojar as vítimas dos seus bens, entre valores monetários e jóias, para em seguida espancá-las e puxar pela arma de fogo, matando-as à queima-roupa.