Sociedade Sena, Limpopo e Ressano: Recuperar as linhas ascende a 22 milhões USD

Sena, Limpopo e Ressano: Recuperar as linhas ascende a 22 milhões USD

As linhas de Sena, que liga a região carbonífera de Moatize ao Porto da Beira, e do Limpopo, que liga o Zimbabwe ao Porto de Maputo, fecharam ao tráfego em meados de Janeiro devido a estragos causados pelas cheias. Já a linha de Ressano Garcia, que assegura grande parte das importações e exportações sul-africanas através do Porto de Maputo, ficou interdita a 19 de Fevereiro na sequência de um acidente que resultou na destruição de uma ponte ferroviária na região de Tenga, província de Maputo.

O presidente do Conselho de Administração dos CFM, Rosário Mualeia, disse que do montante referido, oito milhões de dólares norte-americanos foram aplicados na reabilitação da linha de Sena; 4,8 milhões de dólares na linha do Limpopo e 9,6 milhões na via de Ressano Garcia.

Entretanto, apesar de já reabertas ao tráfego após reabilitação de emergência, as linhas de Sena e do Limpopo continuam a ser usadas de forma condicionada, devendo ser submetidas a novas intervenções num futuro próximo, de modo a devolver-lhes a performance e capacidade que tinham antes das últimas cheias.

Enquanto isso, a linha de Ressano Garcia continua fechada ao tráfego, decorrendo trabalhos de reconstrução da ponte. Segundo previsão da Direcção de Engenharia dos CFM, a linha deverá reabrir ao tráfego a 25 de Março corrente.

Sena, Limpopo e Ressano: Recuperar as linhas ascende a 22 milhões USD

Falando ontem em Maputo, na abertura da XVII Reunião Anual de Directores dos CFM, Rosário Mualeia disse que nos últimos três anos a sua companhia tem vindo a registar sucessos nas suas operações, com os resultados a reflectirem-se no crescimento da empresa em todas vertentes.

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Por exemplo, segundo ele, em 2012 os resultados do exercício foram de 2,6 mil milhões de meticais, contra 1,3 mil milhões de meticais arrecadados no ano passado, um crescimento de 95 por cento no volume de lucros, que fica a dever-se ao aumento do tráfego ferroviário e portuário, resultante dos investimentos feitos nesse sentido.

“No plano operacional, de Janeiro a Dezembro de 2012 os CFM tiveram um desempenho positivo na área portuária, tendo sido manuseadas 25,7 milhões de toneladas métricas de carga diversa contra apenas 19,4 milhões do ano anterior. Paralelamente foram transportados 292 milhões de passageiros, contra 248 milhões de 2011”, referiu Mualeia.

No entanto, segundo o PCA dos CFM, são os lucros que a empresa consegue que têm permitido à companhia apresentar garantias suficientes às instituições financeiras às quais recorre para conseguir o financiamento dos projectos em carteira e contribuir para o Orçamento do Estado.

“Uma das estratégias para a obtenção de lucros na empresa é a aposta em grandes investimentos que, por serem extremamente onerosos, exigem que recorramos à busca de financiamento junto de instituições financeiras. Quer dizer, para conseguirmos os financiamentos necessários à montagem de uma estrutura de operações ferro-portuárias e de logística funcional, precisamos comparticipar com uma boa quantia monetária. Portanto, devemos nos manter calmos e serenos em relação aos lucros obtidos na empresa”, advertiu Rosário Mualeia.