O ritmo das obras abrandou consideravelmente nos últimos meses, visando criar melhores condições de assentamento das infra-estruturas e serviços secção por secção, revelou o director executivo da Empresa de Desenvolvimento de Maputo Sul-EP, Nelson Nunes.
“Depois de ter sido feita a consignação das obras ao empreiteiro, iniciou-se a movimentação de máquinas no sentido de criar condições para a construção das cinco secções, tendo-nos deparado com grandes dificuldades no que diz respeito ao acesso. Daí que optámos por reduzir o nível de progresso e criar condições para que as pessoas fossem reassentadas”, disse o director.
As zonas que vão acolher as famílias foram identificadas de forma isolada a nível dos municípios de Maputo e Matola, com maior prioridade para a 5ª e 3ª secção, que partem do bairro de Zimpeto até a Tchumene, na Estrada Nacional Número quatro (EN4), e de Chihango a Zimpeto.
“Temos estado a trabalhar de uma forma concentrada na secção cinco que compreende a zona entre a EN4 e Zimpeto que vai criar condições para o transporte dos materiais do distrito de Boane para a cidade de Maputo. Continuam as actividades de reassentamento na zona três, para que com a abertura destas frentes possamos facilitar os trabalhos”, acrescentou Nunes.
Quando as obras forem concluídas, espera-se que a estrada circular venha a descongestionar o tráfego nas cidades de Maputo e Matola, pois as viaturas que entram no país através da fronteira de Ressano Garcia com destino às províncias de Gaza e Inhambane e distritos a norte da capital deixarão de passar pelas cidades de Maputo e da Matola para atingirem aqueles pontos. Estima-se que nos períodos de ponta, particularmente, 3600 carros por hora irão se servir desta via.
O facto poderá vir a minimizar o tráfego intenso que se regista actualmente nas duas cidades, que contam hoje com um parque de cerca de 270 mil veículos com tendência a aumentar.
Ao todo serão implantados pela empresa “China Road and Bridge Corporation – Mozambique” 74 quilómetros de estrada, comportando duas faixas de rodagem de automóveis em cada sentido.
Na obra serão investidos 315 milhões de dólares norte-americanos, dos quais 300 milhões provêm de uma linha de crédito disponibilizada pela China e o remanescente desembolsado pelo Governo de Moçambique.