A mesma é apontada como responsável dos recentes assaltos ocorridos nos postos de cobranças da empresa Electricidade de Moçambique (EDM) na cidade de Chimoio e na vila de Gondola, onde se apoderou de cerca de 700 mil meticais.
Belmiro Mutadiwa, porta-voz do comando provincial da PRM, em Manica, disse que daquele valor, cerca de 200 mil meticais foram roubados na dependência da cidade de Chimoio e a restante parte na da vila de Gondola. Referiu que do total do montante roubado apenas foi possível recuperar dois mil meticais bem assim a detenção de três presumíveis assaltantes, em Gondola.
Nas suas investidas, ainda de acordo com fonte policial, os larápios usam armas brancas, nomeadamente facas, catanas, machados e outros instrumentos contundentes, alguns dos quais foram apreendidos pela corporação. Suspeita-se que os indivíduos em causa estejam a operar em colaboração com alguns locais, que servem de guias para levar a cabo com sucesso as suas operações, conforme observou Belmiro Mutadiwa.
Aliás, apontou que um dos três presumíveis assaltantes agora a contas com as autoridades policiais em Gondola, é guarda da empresa privada de segurança Wpower, responsável pela protecção do posto local de cobrança da EDM.
Entretanto, em declarações à polícia, o referido guarda negou a acusação de envolvimento no roubo alegando que na hora do assalto ele próprio pôs-se em fuga e não teria podido agir porque a arma de fogo que empunhava, encontrava-se avariada sem, por isso, poder disparar para neutralizar o grupo.
Disse que devido a esta circunstância, ele teria fugido do posto onde estava afecto para o cemitério localizado nas proximidades do local do assalto e lá tentar concertar a arma. Porém, segundo argumentou, quando regressou ao posto, os ladrões já se tinham escapulido, tendo tentado perseguir, sem sucesso, até que se puseram a monte.
Esta versão, segundo viria a sustentar a comandante distrital da PRM naquele distrito, não convenceu a polícia, pois, noutras ocasiões teria apresentado versões diferentes que contradizem com a primeira.
Sabe-se, entretanto, segundo as nossas fontes, que a empresa de segurança privada Wpower não paga salários há alguns meses, dai que alguns dos seus trabalhadores têm optado em condutas menos aconselháveis como forma de procurar a sua sobrevivência e das suas famílias.
Outras informações sugerem que um proeminente trabalhador daquela empresa afecto a uma subunidade localizada na cidade da Beira, coordena as operações do referido grupo de assaltantes, fornecendo pistas e estratégias operativas para o sucesso das investidas.
A polícia diz estar segura que irá neutralizar o grupo, na sua totalidade, mas reconheceu ser difícil recuperar os valores, a medir pelo tempo que se passou desde que ocorreu o primeiro e último assalto até aos presentes dias.
Mutadiwa negou aliar este grupo a onde de assassinatos e homicídios que apoquentam nos últimos dias a província de Manica, fruto das quais, pelo menos três agentes económicos locais foram mortos à queima-roupa por indivíduos que nunca mais foram neutralizados.
Entre os mortos figuram dois paquistaneses e um inglês, os quais foram mortos a tiro por assassinos ainda a monte e que a polícia garante que os irá neutralizar.