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Zambézia – Devido as cheias e inundações: Onze mil alunos sem aulas em Nicoadala

Zambézia - Devido as cheias e inundações: Onze mil alunos sem aulas em Nicoadala
O director dos Serviços Distritais da Juventude, Ciência e Tecnologia de Nicoadala, Alexandre Conhece, disse esta semana à nossa Reportagem que os alunos estão nos centros de acomodação onde se refugiaram com os seus pais e encarregados de educação em face da situação calamitosa que a região vive.

O nosso entrevistado afirmou que a situação de calamidades também afecta os professores que, igualmente, perderam suas casas, material didáctico e outros pertences. Desde segunda-feira que os alunos da localidade de Licuar não vão à escola. Alexandre Conhece disse que devido à interrupção das aulas poderão ser criados mecanismos para a recuperação do tempo perdido de forma a não comprometer o cumprimento dos programas e do calendário escolar, principalmente para os alunos da 7.ª classe que terão, no final do ano, exame escolar.

Neste momento, segundo aquele responsável, decorre o levantamento dos danos causados pelas cheias, e tudo indica que aquele número de alunos e escolas poderá subir, uma vez que ainda é difícil ir para o interior do distrito.

Na localidade de Licuar, a nossa Reportagem conversou com alunos e professores e todos mostraram uma grande preocupação com a interrupção das aulas. César Maurício é aluno da 7.ª classe na escola primária completa local, o qual lamentou a destruição do seu estabelecimento de ensino, uma situação que, de acordo com as suas palavras, fará com que depois das cheias volte a estudar debaixo das árvores.

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Justino Silva é outro aluno que diz que a interrupção das aulas poderá trazer consequências desastrosas para os estudantes que terão de enfrentar o exame em Novembro deste ano. “ Gostaríamos de pedir para programarem aulas de recuperação para os alunos que vão ao exame no final do ano e pedimos mais livros porque aqueles que recebemos foram destruídos pelas enxurradas”, disse.

Lourenço Miguel é professor que está num dos centros de acomodação criados para o abrigo temporário. Diz que as chuvas poderão comprometer a realização do programa de ensino e, ademais, o material didáctico que tinha, bem como da escola foi arrastado pelas inundações, o que irá exigir mais uma nova distribuição para o reinício das aulas.

Advinha um futuro difícil para si bem como para o trabalho. De acordo com as suas palavras, primeiro terá de trabalhar para reerguer a casa destruída para depois se aplicar a fundo para os compromissos profissionais.

Muitos professores estão a viver um clima de incerteza quanto ao problema de como recomeçar a vida. Não sabem se haverá um apoio específico para apoiar os professores que perderam suas casas devido às cheias e inundações.