Sociedade Meio Ambiente Trinta mortos em Nampula

Trinta mortos em Nampula

Trinta mortos em Nampula

Dados do último balanço do Instituto de Gestão das Calamidades (INGC) apresentado ontem ao Governo local indicam que perto de duas mil casas foram destruídas pelas chuvas que se fazem sentir, para além de cortes de circulação rodoviária em alguns trocos, caso de Nampula/Angoche, na zona de Luazi por desabamento de uma ponte, vila sede do distrito de Mossuril com o posto administrativo de Lunga e Nametil/Moma.

Amâncio Nhantumbo, delegado provincial do INGC, disse que para mitigar o sofrimento das populações foram distribuídas quantidades não especificadas de produtos alimentares e material de cobertura das casas desfeitas, facto que fez com que muitos dos afectados não se encontre a viver ao relento.

De referir que as regiões mais afectados pelas enxurradas são as cidades de Nampula e os distritos de Monapo e Mossuril.

No caso especifico da cidade capital provincial, a governadora Cidália Chaúque anunciou na semana finda que o seu Executivo vai proceder a retirada compulsiva das populações vivendo nas bermas de alguns riachos que atravessam os arredores da urbe, tidas como zonas de alto risco.

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Segundo a governante, as zonas onde as populações serão retiradas compulsivamente são as de Muhala e Mutomote, que por serem atravessadas por curso de água, foram declaradas como sendo alto risco habitacional.

Pretende-se com a medida evitar a perda de mais vidas humanas e de bens materiais, uma vez que a época chuvosa continua.

A governadora, que esteve de visita aos bairros afectados pelas chuvas, caso de Mutomote, Elipisse e Naloko, não só contactou as famílias enlutadas para lhes transmitir os pêsames pela perda dos seus entes queridos, como também procedeu a distribuição de produtos alimentares, material de cobertura e apelou as populações vitimas das chuvas, para que acatem as orientações dadas pelas entidades ligadas a gestão desta calamidade.

Segundo dados avançados pelo conselho municipal, cerca de 800 famílias, o correspondente a pouco mais de quatro mil pessoas, estão neste momento a viver em casas de familiares.