Sociedade Trabalhadores da imobiliària da CMC em greve na Matola

Trabalhadores da imobiliària da CMC em greve na Matola

Trabalhadores da imobiliària da CMC em greve na Matola

Entre as várias motivações da greve, exige-se o afastamento imediato da directora Mariagracia Bonini, de nacionalidade italiana que acusam-na de racista e, acima de tudo, da falta de consideração para com os subordinados.

“Nós somos do ramo imobiliário. Desde 2011 que temos estado a fazer um abaixo exigindo a favor da retirada da nossa directora por tratamento desumano. Se hoje decidimos paralisar é porque não suportamos o tratamento que ela nos dá. Chama nos nomes, trata-nos por pretos ratazanas, entre outros atributos pouco abonatórios”, desabafam.

Para além da retirada incondicional da directora, eles exigem também a revisão dos contractos que até então não tem observado passos claros, favorecendo apenas o contratante em detrimento do contratado, ao ponto de serem ignorados os direitos mais básicos deste, em caso de rescisão.

 Os trabalhadores por nós contactados dizem ter chegados à  paralisação por verem que há morosidade e  falta de interesse por parte do patronato em responder o seu pedido manifestado sob forma de um abaixo assinado.

Pouco mais de 80 trabalhadores fazem parte da lista das assinaturas a que a nossa Reportagem teve acesso, tendo como pano de fundo a retirada da directora como condição para um clima de paz dentro da empresa.

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Perseguição, maus tratos  e agressão verbal fazem parte do dia-a-dia dos trabalhadores da imobiliária.

Quando partiu para as ferias de natal advertiu-nos que ia a Itália e os ratos iam ficar a passear em cima das mesas mas logo que regressar viria com uma ratoeira em riste e por estas e outras razoes sentimos não haver condições de continuarmos a trabalhar com esta directora”, afirmam.
No contexto da paralisação, a nossa Reportagem ouviu o representante do sindicato local dos trabalhadores que reconhece a legitimidade das reivindicações, mas que aponta falhas  a falha no que  tange aos procedimentos, pois ainda estava-se no processo negocial com o patronato.

 “Eles tomaram a iniciativa por pensarem que não estávamos a conduzir o processo de forma favorável e por acharem a demora demasiada, foram  até à embaixada da Itália exigir a retirada da directora e hoje decidiram paralisar”,disse a fonte.

Sobre a legalidade da greve a representante do sindicato disse não terem sido observados alguns passos, pois ainda não estava esgotada a negociação.

A direcção da empresa declinou-se a prestar declarações tendo para o efeito, deixado recomendações para se vedar qualquer acesso as instalações à Imprensa.