Contudo, ainda há focos de lixo e água suja que perigam a saúde dos cerca de 23 mil moradores. Márcia Alzira, 20 anos, é uma das residentes do quarteirão 33 que mais corre risco de contrair doenças diarreicas e malária.
Esta jovem e o marido vive com outras 10 pessoas, há sensivelmente um mês, num compartimento feito de madeira e zinco quase que a cair aos pedaços. A casa deixa entrar água quer do tecto, quer das paredes. Mas também do chão devido ao nível freático daquela zona residencial. O espaço pertence a uma cidadã que vive próximo. Para residir nesta casa, cada elemento paga 100 meticais por mês.
Quando a nossa Reportagem visitou esta família, na semana passada, encontrou a Márcia a tentar livrar-se da água suja que inunda o espaço que serve de quarto e cozinha. Já cansada reclama: “Está a ser impossível acabar com esta água. Tento tirar com o balde mas em vão. O pior é que, ultimamente, está água cheira mal”.
Para preparar as refeições e dormir, Márcia e companheiros, alguns dos quais amigos e outros desconhecidos, fizeram arranjos. Alguns colocaram pneus e por cima uma chapa de zinco para servir de cama. Outros, como ela e o marido, têm como base do colchão uma sanita quebrada e pedras. O fogão a carvão é colocado entre a água suja. Esverdeada. No local, não há quem possui rede mosquiteira e produtos para tratar água e conserva-la. Entre os que vivem nesta casa, alguns já têm diarreia.
“A casa de banho está em péssimas condições. Está alagada. O que me preocupa é que algumas pessoas que vivem nesta casa já têm diarreia”, observa Márcia, única mulher no grupo.