As estradas do distrito são propensas à destruição devido ao impacto das chuvas que provocam inundações, situação que se traduz, muitas vezes, nas dificuldades de assistência à população do interior.
Neste momento, segundo ainda o nosso entrevistado, elevar a plataforma das estradas que dão acesso aos principais centros de produção agrícolas facilitaria muito o escoamento de excedentes agrícolas e assistência à população nos programas de saúde, educação, comércio e governação. “As estradas precisam de um outro nível de tratamento para que tenhamos a transitabilidade interrupção, mesmo nesta época chuvosa e ciclónica”, disse João Zamissa, para quem as estradas constituem um bico-de-obra.
Dados em nosso poder indicam que, naquele distrito, perto de três mil pessoas encontram-se a viver nas zonas consideradas de risco. O distrito tem dois cenários sobre o período de emergência, sendo um de três mil pessoas em casos de um cenário mínimo e setenta mil afectados em caso de uma situação de cheias ou inundações extremas.
Entretanto, o Executivo distrital de Mopeia acaba de pré posicionar os meios humanos, materiais, circulantes e outros para responder à situação de ocorrência de calamidades. O administrador distrital de Mopeia, João Zamissa, disse que estão disponíveis, neste momento, dois barcos, 19 motorizadas, quatro viaturas e um contingente das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Além disso, em caso de inundações que possam afectar as culturas alimentares, existe igualmente uma disponibilidade de perto de 400 quilogramas de semente de milho, quatro de arroz e feijão nemba para distribuir aos eventuais afectados que se encontram a residir nos bairros de reassentamento de Brás, Noere, Serrave, Imponha e Rovuma.
Informações em nosso poder indicam que o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) na província da Zambézia acaba de pré posicionar, naquele distrito, bens de socorro como rolos plásticos, lonas, roupa usada, redes mosquiteiras, Certeza para o tratamento de água e soro para o tratamento das primeiras 100 pessoas que poderão contrair a cólera. Soubemos, igualmente, que os Comités Locais de Gestão de Risco já foram reactivados e estão a trabalhar na mobilização da população que está a viver nas zonas de risco.
Uma das principais mensagens que tem vindo a ser disseminada tem a ver com a necessidade de a população em risco começar a transferir os seus excedentes, animais de pequena espécies e outros para as regiões consideradas seguras, evitando, deste modo, que em caso de uma calamidade se abater sobre a região perder todos os pertences.