A fonte destacou o facto de antes do arranque do projecto terem sido desencadeadas actividades de sensibilização das comunidades sobre a importância de represas no processo de produção, tendo em conta que o distrito de Monapo é um dos que tem sofrido de estiagem.
“São represas que as comunidades já viram que são úteis para a sua vida, pois não só permitem o aumento da produção e produtividade, como também para a prática da piscicultura para a melhoria da sua dieta alimentar. E por causa disso, muitas comunidades têm vindo a mostrar o interesse de ver construída uma represa na região”, salientou Salvador Talapa.
O administrador do distrito de Monapo não precisou o número de represas comunitárias construídas até agora, limitando-se a dizer que eram em número considerável. Só no ano passado foram construídas três grandes represas em zonas consideradas potenciais agrícolas do distrito, como são os casos dos postos administrativos de Nacololo e Netia.
Num outro desenvolvimento, o nosso interlocutor deu a conhecer que para além dessas represas, já houve outra iniciativa do Executivo local em colaboração com outras empresas, como a Matanuska, envolvida na produção e processamento da banana e construção de outras nas regiões de Netia e Musica, que estão a ajudar os camponeses a produzirem alimentos.
Entretanto, alguns produtores do sector familiar abrangidos por este projecto dizem estar satisfeitos com a iniciativa, porquanto permite que em todo ano se produza, por exemplo, tomate, cebola, milho, repolho e outras culturas que não só servem para a venda, como também para o seu próprio consumo.
“Estamos contentes porque já não temos falta de água para a rega das nossas machambas ou hortas. O mais importante ainda é o facto de haver boa gestão da água das represas comunitárias aqui no distrito, isso devido ao envolvimento dos líderes comunitários na sensibilização da população sobre o uso racional da água das represas”, disse António Manuel, produtor da zona de Nacololo, secundado por muitos outros camponeses.