Do material necessário em 64 mil metros cúbicos que arrancou em Abril passado apenas foram colocados cerca de 15 mil, esperando-se, entretanto, que nos últimos dias se tenha registado alguma acumulação de pedras durante as férias colectivas dos empreiteiros. Trata-se de obras avaliadas em 45 milhões de dólares que estão a ser executadas pelas construtoras portuguesas Mota-Engil e Edivisa (do Grupo Visabeira).
As obras visam responder ao intenso tráfego que actualmente se regista ao longo daquela via no transporte de passageiros e carga diversa, sobretudo do carvão mineral de Moatize até ao Porto da Beira, sendo que a Empresa Pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique foi sujeita a avançar com a reabilitação e manutenção, destacando-se o lançamento de novas vias para facilitar as operações de cruzamento nas estações e apeadeiros.
Tais actividades consistem na conclusão de reabilitação do troço Beira/Dondo, ataque ou levantamento da via, substituição de carris e travessas e reforço do balastro entre Savane e Moatize, colocação e/ou aumento das linhas de cruzamento nas estações e apeadeiros de Póvoa, Dondo, Milha-8, Cundue e Murraça.
No final do projecto, que também pretende evitar possíveis casos de embates traseiros entre comboios na redução do raio de cruzamentos de 100 para 48 quilómetros, espera-se que a capacidade activa da Linha de Sena passe das actuais dois ou três milhões de toneladas para 6,5 milhões.
Entretanto, estudos estão em curso para permitir que nos períodos subsequentes a via atinja a capacidade máxima anual de 20 milhões de toneladas e uma circulação de comboios até 84 vagões. Para já os gestores daquele complexo ferro-portuário defendem não haver necessidade da duplicação da Linha de Sena, que tem capacidade para suportar até 20,5 toneladas de eixo da via.