Sociedade Meio Ambiente Diminui risco em Xai-Xai

Diminui risco em Xai-Xai

Diminui risco em Xai-Xai
Ontem, devido aos problemas de infiltração causados pelos danos no dique de defesa instalado em Denguene, alguns bairros da urbe, ficaram parcialmente inundados, com maior gravidade nos Bairros Um, e Dois da urbe.

Por seu turno, a ponte sobre o rio Anguluzane, um dos afluentes do Limpopo, e que permite a ligação entre a zona alta e a baixa da capital provincial, está sob risco, devido às fortes correntes de água que por ali passam rumo ao oceano.

 Pelo facto de continuar em vigor o alerta vermelho e por se recear uma eventual situação que possa vir a colocar em risco a vida de pessoas, continua interdita o exercício de qualquer tipo de actividade na baixa da cidade de Xai-Xai.

Com efeito, neste momento a urbe encontra-se totalmente abandonada, e o dia-a-dia vai acontecendo na zona alta, para onde inclusivamente foi transferida toda a actividade económica, designadamente o funcionamento de alguns bancos, o comércio formal e informal.

Refira – se que a cidade de Xai-Xai é habitada por pouco mais de 116 mil habitantes, dos quais aproximadamente  48 mil na zona baixa da urbe.

Nas cheias de Fevereiro e Março de 2000 viviam na área afectada pouco mais de 30 mil, parte destes habitantes se refugiaram no chamado Bairro Ndambine 2000, a escassos 10 quilómetros da cidade capital de Gaza.  

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Do distrito vizinho de Chibuto, chegam-nos ainda informações sobre o resgate ontem de dezenas de pessoas nas regiões de Gomba, Gogote, Wate com recurso a meios aéreos sul -africanos.

Segundo a administradora do distrito, Olinda Langa, as pessoas socorridas se apresentavam com sérios problemas de desnutrição, e sintomas de trauma psicológico, na sequência do drama vivido durante o período em que permaneceram, empoleiradas nas árvores, ou sobre tectos de casas.

Sabe-se por outro lado que mais de 70 mil alunos em diversos pontos da província de Gaza, dos mais de 360 mil matriculados no presente ano lectivo, estão impedidos de frequentar as aulas, neste momento devido às enxurradas, e cheias que afectam aquele ponto do país.

Um total de 100 escolas, das mais de 760 existentes em Gaza, continua paralisado em virtude da destruição de mais de 200 salas devido a esta intempérie.

O flagelo combinado de cheias e inundações está ainda a afectar na província pelo menos 1500 professores.