Segundo a nossa fonte, há informações dando conta da ocorrência de oito óbitos no global, mas há diligências em curso para confirmação dos casos. As seis mortes que terão sido por electrocussão registaram-se nos bairros de Namicopo e Muatala, em Nampula, e deveram-se à destruição pelas enxurradas das redes precárias e clandestinas de transporte de electricidade, bem como a falta de protecção de alguns condutores eléctricos.
No caso de Inhambane, as pessoas foram desalojadas como resultado da subida dos níveis do rio Inhanombe. Neste ponto, as pontes sobre aquele curso de água na estrada Lindela/Homoíne e Mubalo/Homoíne ficaram submersas, impossibilitando a comunicação com o resto do distrito.
De igual modo, as estradas ligando Mopeia/Luabo, na Zambézia, Tete/Zumbo e Tete/Boroma, em Tete, apresentam-se com trânsito condicionado devido ao impacto negativo das chuvas e a destruição da ponte sobre o rio Chimadzi.
Paralelamente, extensas áreas de culturas ao longo das zonas baixas e ribeirinhas dos rios Búzi, Inhanombe e Luenha (afluente do Zambeze), encontram-se inundadas.
De acordo com Rita Almeida, foram reforçados já alguns meios, como barcos para Nhamatanda, Chinde e Gaza. Estes meios estão a ser usados, na maioria dos casos, para a travessia dos rios que nesta altura se apresentam com elevados escoamentos.
Com relação aos sete mil afectados, a nossa interlocutora deu conta que a maioria possui casas temporárias nas zonas baixas onde desenvolve as suas actividades agrícolas. Na sequência da subida dos níveis dos rios deslocaram-se já para áreas consideradas seguras.
“O trabalho de reassentamento que fizémos nos últimos anos permite que, por estas alturas, não tenhamos milhares de desalojados”, disse.
Face ao agravamento da situação, nalgumas bacias hidrográficas, a Direcção Nacional de Águas instou já a população no sentido de se posicionar em zonas seguras com destaque para as bacias do Zambeze, Búzi, Inhanombe e Messalo.
Um comunicado da Direcção Nacional de Águas aponta que aquelas quatro bacias hidrográficas estão a registar um aumento do volume de escoamentos em consequência das chuvas intensas que se têm verificado desde o início deste mês.
Face à persistência de ocorrência de chuvas, as bacias dos rios Messalo, Licungo, Zambeze, Búzi, Inhanombe e Mutamba, poderão continuar em alerta e a registar um incremento do escoamento, podendo a transitabilidade entre Lindela e a cidade de Inhambane (rio Mutamba) ser condicionada.
As restantes bacias poderão registar níveis oscilatórios e mantendo-se abaixo do alerta.
Assim, a DNA recomenda à população e a sociedade em geral para tomar medidas de precaução, evitando a travessia dos rios, manter os equipamentos e bens em zonas seguras, particularmente nas bacias do Messalo, Licungo, Púnguè, Zambeze, Inhanombe e Mutamba.