Dados apurados ontem pela nossa Reportagem indicam que no total estão afectadas pelas calamidades 706 famílias localizadas nos distritos de Quelimane, Nicoadala, Namacurra, Mopeia, Morrumbala, Chinde e Maganja da Costa. O delegado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades na província da Zambézia, Silvestre Uqueio, não avançou dado se as pessoas desalojadas naqueles distritos têm ou abrigo temporário mas indicou que foram destruídos para os desalojados um quite de reconstrução que contém lonas, rolos plásticos entre outro material.
Uaqueio afirmou que não foram criados centros de acomodação. Dados avançados por aquele responsável indicam ainda que desde que iniciou o período de emergência de Dezembro a esta parte o número de casas destruídas está na ordem das 447 casas.
Outras informações disponíveis indicam que devido ao facto do rio Zambeze estar a subir o seu caudal devido as descargas da hidroeléctrica de Cahora Bassa foram mobilizados dez barcos, sendo oito no para o trajecto Chire-Chinde e dois para Maganja da Costa e Mopeia. As embarcações estão já pré-posiocionadas para operações de salvamento logo que a situação justificar. Cento e dez comités de gestão de risco já foram activados em toda província.
O governador da Zambézia, Joaquim Veríssimo, apelou os membros do executivo que dirige para a necessidade de tomar medidas adicionais para evitar que haja mortes de pessoas devido as chuvas e inundações que assolam a província. Segundo ainda Veríssimo, o governo poderá recorrer a retirada compulsa das pessoas que se encontram nas zonas de risco.
Hoje brigadas multisectores do governo vão monitorar a situação no terreno, incluindo o processo de retidas dos que ainda teimam em ficar nas zonas de risco. “ Temos de avançar com a demarcação de talhões e entregar as famílias”, disse Joaquim Veríssimo.
Entretanto, a Cidade de Quelimane registou ontem intensas chuvas que alagaram as casas, aumentando as difíceis condições de saneamento. Bairros como Pequeno Brasil, Manhaua, Mapiazua, Torrone Novo e Velho, 1º de Maio e outros a situação estava tão complicada, não havendo transito. Os trabalhadores não conseguiram marcar presença nos locais de trabalho e muitos estudantes pautaram por absentismo.