Sociedade Agricultores sul-africanos deixam o seu país com destino a Moçambique

Agricultores sul-africanos deixam o seu país com destino a Moçambique

Agricultores sul-africanos deixam o seu país com destino a Moçambique
Um número crescente de agricultores comerciais sul-africanos tem abandonado o seu país para iniciar projectos noutros países africanos e Moçambique é o destino preferido da maioria, disse, na última terça-feira, um dirigente associativo.

“Em Moçambique, já trabalham cerca de 950 agricultores e explorações de maiores dimensões por eles geridas são nas áreas do cultivo de cana-de-açúcar, bananas e criação de gado”, disse à Lusa, Dirk Hanekom, responsável da maior associação de agricultores do país, a Agri SA, para o mercado de Moçambique.

Hanekom salientou que os fazendeiros sul-africanos produzem em Moçambique um vasto leque de produtos, como milho e até hortícolas, tirando partido da qualidade dos solos, da abundância de água para regadio e dos relativamente baixos preços da electricidade e da mão-de-obra, factores que têm encarecido e mesmo inviabilizado muitas explorações agropecuárias na África do Sul por via de um encarecimento brutal dos custos.

“Os aumentos desenfreados do custo da electricidade, as inúmeras reivindicações sobre a posse de terras ao abrigo do programa de reforma agrária, as greves violentas e os consequentes aumentos dos salários dos trabalhadores agrícolas e a criminalidade no mundo rural são os factores determinantes que têm levado milhares de agricultores, com ‘know-how’ e capacidade técnica a emigrarem”, referiu aquele dirigente.

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A Agri SA é um facilitador, junto do Governo sul-africano e dos países com os quais a África do Sul tem acordos de protecção de investimentos, do estabelecimento de negócios em países africanos que envolvem os seus sócios.