Sociedade Prevaleceram más práticas ao longo de 2011 na actividade bancária

Prevaleceram más práticas ao longo de 2011 na actividade bancária

Jornal+de+Mo%C3%A7ambique.jpg

Três bancos comerciais e seis casas de câmbio foram multados, em 2011, e uma outra casa de câmbio ficou sem licença de exercício da sua actividade por lhe ter sido retirada pelo Banco de Moçambique (BM).

Estas medidas resultam da instauração pelo Departamento de Supervisão Bancária (DSB) do BM de nove processos de contravenções que culminaram com a aplicação de penas de multa a seis instituições financeiras, continuando ainda sem desfecho os restantes três processos.

No que concerne aos bancos, as infracções cometidas estiveram relacionadas com inobservância de normas sobre limite à concentração de riscos e limite à posição cambial.

Relativamente às casas de câmbio, as infracções recorrentes foram de inobservância de normas contabilísticas, omissão do dever de verificação e realização de operações sem registo, segundo o banco central, no seu relatório anual de 2011.

21 inspecções a casas de câmbio

O documento salienta que o número de processos instaurados cresceu de oito, em Dezembro de 2010, para nove, em Dezembro de 2011, o que revela que “não houve melhorias” no grau de cumprimento das normas vigentes para o exercício da actividade bancária pelas instituições de crédito e sociedades financeiras.

Recomendado para si:  Kawena encerra operações em Moçambique após 35 anos de actuação

No período em análise, o Departamento de Supervisão Bancária do BM afirma ter realizado inspecções a 21 casas de câmbio e a uma sociedade de compras em grupo com a finalidade de avaliar o grau de cumprimento de normas e procedimentos de controlo interno administrativo, controlo interno contabilístico e os normativos instituídos pelo Banco de Moçambique.

Ligeira melhoria

Deste trabalho, o BM diz ter concluído que, embora se tenha registado uma ligeira melhoria em relação ao número e dimensão das irregularidades, prevalecem, em algumas casas de câmbio, casos de violação dos princípios de Contabilidade, de não envio ou envio extemporâneo dos reportes ao BM e ainda casos de realização de vendas a descoberto, financiamento da actividade com recursos alheios, empolamento de custos fictícios e ultrapassagem do limite de posição cambial líquida, para além de casos de dissimulação por via de fraccionamento de compras.

Refira-se, entretanto, que, em 2011, as sociedades financeiras compreendiam uma sociedade de investimentos, outra de compras em grupo e uma outra sociedade financeira, vinte e duas casas de câmbio, 166 operadores de micro-crédito  10 organizações de poupança e empréstimo e 90 operadores de comércio parcial de câmbio.