O Governo continua a culpar a chuva que não cai para as populações semearem e colherem. De falta de investimento na agricultura já não se fala.
O director do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), João Ribeiro, que revelou estes dados, disse que esta situação deve-se à queda irregular das chuvas ao longo do ano em curso, o que fez com que a população das referidas três províncias tivesse uma baixa produção agrícola.
Neste momento, de acordo com João Ribeiro, as mais de 255 mil pessoas sobrevivem apenas com base no apoio alimentar fornecido pela INGC.
Para além da fome, o referido número de pessoas está a atravessar uma grave crise de água, sobretudo nos distritos localizados na zona norte da província de Gaza, onde algumas pessoas chegam a percorrer mais de 30 quilómetros para ter acesso ao chamado liquido precioso.
“Nas zonas onde a situação é muito grave, estamos a abastecer água por via de camiões cisternas, tal como fizemos em relação ao apoio alimentar”, sublinhou João Ribeiro.
As secas registadas na zona sul de Moçambique são cíclicas, mas nem por isso se encontra uma solução para reduzir o seu impacto. Anualmente reportam-se sempre os mesmos problemas.