Sociedade Chapeiros e Polícia desentendem-se em Massinga

Chapeiros e Polícia desentendem-se em Massinga

“Chapeiros” fazem braço-de-ferro com a Polícia Camarária e prejudicam passageiros
s proprietários dos transportes semi-colectivos de passageiros, vulgos “chapas”, que operam na rota Massinga-Maputo, Massinga-Maxixe, paralisaram a sua actividade esta segunda-feira, alegadamente porque o Conselho Municipal local os mandou usar o novo terminal (praça) localizado a quilómetros da Estrada Nacional.

No tal novo local (próximo ao aeródromo) não estão criadas as condições para os passageiros esperarem pelo transporte.

Ao paralisar a sua actividade muitos utentes viram prejudicados os seus programas. Estudantes não foram a escola, trabalhadores não foram aos seus postos de trabalho ou atrasaram.

Por volta das 7 horas quando os passageiros começaram a chegar à paragem, depararam-se com uma situação estranha. Nenhum dos automobilistas estava a carregar.

Segundo alguns entrevistados, o problema está no facto de a edilidade forçar a saída dos “chapeiros” para um terminal onde não existem mínimas condições para os passageiros esperarem pelo transporte. Ademais, a referida praça está muito longe da Estrada Nacional, e não só: a estrada que dá acesso ao tal terminal está muito degradada.

Estêvão Salomão, estudante na Universidade Sagrada Família, sedeada na Maxixe, vive na Massinga e diariamente faz o trajecto Maxixe-Massinga. Disse que o braço-de-ferro entre a edilidade e os “chapeiros” está a prejudicar muita gente.

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Olinda Nuvunga, funcionária pública na Direcção da Educação Juventude e Tecnologia da cidade de Maxixe, vive na Massinga e também trabalha na Maxixe. No período nocturno frequenta a Faculdade de Biologia na Universidade Pedagógica da Massinga, facto que a faz utente por excelência da via. Lamentou o facto de a tal nova paragem para onde a edilidade está a mandar os “chapeiros” não ter mínimas condições.

Município diz que a medida vai continuar

O Canalmoz ouviu o presidente do Município de Massinga, Clemente Boca, que disse que a medida é irreversível mesmo sabendo que está a prejudicar a população. O município diz que a disposição do actual terminal dificulta o trabalho do Conselho Municipal, nomeadamente o controlo.