O partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMOLA) revelou a intenção de realizar uma auscultação pública paralela, em resposta à alegada exclusão da Comissão Técnica para o Diálogo Nacional Inclusivo (COTE), responsável por operacionalizar este processo.
Messias Uarreno, secretário-geral da formação política, comentou que não recebeu qualquer resposta a uma carta enviada ao Presidente da República, Daniel Chapo, no dia 25 de Agosto, onde solicitava a inclusão do partido no diálogo político e sugerindo que a discussão sobre o assunto ocorresse na Assembleia da República.
Durante o lançamento oficial do processo, realizado a 10 de Setembro, o Chefe do Estado afirmou que a participação na auscultação pública não exigia o envio prévio de cartas ou requerimentos, bastando a presença no local das audições para expor ideias.
“Face ao silêncio absoluto em relação à sua solicitação de inclusão na COTE, o partido decidiu promover uma auscultação pública particular para aprofundar a sua proposta de reformas e a visão de sociedade que o povo anseia”, declarou Uarreno. O secretário-geral criticou ainda os outros partidos envolvidos no diálogo, afirmando que “nenhum deles esteve na rua a protestar contra as injustiças eleitorais”, referindo-se à exclusão do ANAMOLA deste processo.
A auscultação pública abrangeu tanto o território nacional como a diáspora, com o ANAMOLA a afirmar o seu direito à participação na COTE, considerando que o partido emergiu das reivindicações eleitorais que motivaram este diálogo em prol de reformas estatais.