Uma greve geral paralisou várias cidades de Israel, com milhares de cidadãos a exigirem o regresso imediato dos reféns e a manifestar descontentamento em relação aos planos do governo de Benjamin Netanyahu para intensificar a ofensiva em Gaza.
O protesto resultou no bloqueio de estradas e no encerramento de lojas e escritórios, com pelo menos 38 detidos.
Desde as primeiras horas da manhã, centenas de manifestantes tomaram as principais vias de acesso a Telavive, Jerusalém e Haifa, utilizando barricadas em chamas para obstruir o trânsito. As forças de segurança, em resposta, recorreram a canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar os protestantes, resultando em confrontos nas ruas.
A convocação da greve partiu dos familiares dos reféns, que criticam o governo de Netanyahu por, segundo afirmam, ter abandonado os seus entes queridos nas mãos do Hamas. “Vamos parar tudo para salvar e ajudar a trazer de volta os nossos reféns e soldados. Vamos parar tudo para recordar o valor supremo da santidade da vida”, declarou a mãe de Matan Angrest, um dos cerca de 50 reféns que continuam cativos quase dois anos após o ataque de 7 de Outubro. As autoridades israelitas estimam que menos de metade desses reféns ainda esteja viva.
A administração de Netanyahu condenou os protestos, que contaram com o apoio da oposição moderada. O primeiro-ministro afirmou que “aqueles que pedem o fim da guerra sem derrotar o Hamas não só reforçam a posição dos terroristas como atrasam a libertação dos reféns”.