A defesa do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro apresentou um pedido de absolvição ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do processo que investiga uma alegada tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022, nas quais Lula da Silva saiu vitorioso.
Em um extenso documento com 197 páginas, os advogados de Bolsonaro, que ocupou a presidência de 2019 a 2022, sustentaram que o ex-chefe de Estado é “inocente de todas as acusações” que lhe são dirigidas, enfatizando a “total ausência de provas” que sustentem as alegações contra ele.
O político, identificado como líder do campo conservador na maior economia da América Latina, aguarda agora o desfecho deste julgamento, que se prevê que será anunciado brevemente.
Bolsonaro, juntamente com sete colaboradores, enfrenta acusações relacionadas com a tentativa de assegurar a sua “manutenção autoritária no poder” após a derrota nas eleições para Lula da Silva.
No dia 8 de Janeiro de 2023, uma semana após a posse de Lula, milhares de apoiantes de Bolsonaro invadiram as sedes dos três poderes em Brasília, alegando fraude eleitoral e clamando por uma intervenção militar.
Em Junho, durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro reiterou a sua inocência, afirmando que “um golpe de Estado é algo abominável”. Caso seja condenado, o ex-presidente poderá enfrentar uma pena de até 40 anos de prisão.
No início de Agosto, antes da conclusão do processo, Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliária em sua residência em Brasília, devido ao desrespeito de uma ordem que lhe proibia de se expressar nas redes sociais.
Apesar de ter sido declarado inelegível até 2030 por difamações infundadas sobre a fiabilidade das urnas electrónicas, o ex-presidente mantém a expectativa de poder concorrer nas eleições presidenciais de 2026.