O Exército da República Democrática do Congo denunciou o grupo rebelde M23 por sucessivas violações do acordo de cessar-fogo, com ataques recorrentes no leste do país.
Esta região, rica em recursos naturais, tem sido palco de conflitos há várias décadas entre forças governamentais e diversos grupos armados.
Desde o seu rearmamento em 2021, o M23, que conta com o apoio do Ruanda, conquistou várias áreas estratégicas, incluindo as cidades de Goma e Bukavu. Nos últimos dias, os confrontos intensificaram-se na cidade de Mulamba, na província de Kivu do Sul, onde a linha de frente se mantinha relativamente estável desde Março.
Um acordo de cessar-fogo foi assinado no mês passado em Doha, no Qatar, com a colaboração dos Estados Unidos, estabelecendo uma trégua permanente.
Contudo, o Exército congolês afirma que os ataques “quase diários” perpetrados pelo M23 constituem uma violação manifesta do acordo. Em resposta, as forças armadas do Congo prometeram reagir com firmeza às provocações.
Por sua vez, o grupo M23 acusa o governo congolês de prosseguir com operações ofensivas. Esta escalada de violência agrava a crise humanitária na região e coloca em risco os esforços diplomáticos em curso.