Nos últimos 24 horas, os ataques russos resultaram na morte de cinco civis na região de Donetsk, na Ucrânia, segundo anunciou a administração militar local.
Três vítimas foram registadas em Kostianivika, uma em Dobropillia e outra em Novodetske, conforme informações divulgadas nas redes sociais e citadas pela agência de notícias espanhola EFE. Além das mortes, os ataques provocaram ainda oito feridos.
O comando-geral ucraniano reportou um total de 186 combates na linha da frente nas últimas 24 horas. Na região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, os ataques com drones danificaram a infraestrutura eléctrica, resultando em apagões.
Os militares russos intensificaram suas acções na região de Zaporijia, no sul do país, com mais de 400 ataques com drones registados em apenas um dia, causando danos materiais significativos.
As hostilidades persistem, mesmo após o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ter participado de uma reunião em Washington com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e líderes europeus para discutir a situação da guerra na Ucrânia. A Rússia também afirmou que a Ucrânia continuou a lançar ataques, apesar dos diálogos ocorridos na capital americana.
Entretanto, o Ministério da Defesa da Rússia informou que as suas defesas antiaéreas conseguiram abater 23 drones ucranianos sobre duas regiões do país e na península da Crimeia, anexada pela Rússia. Treze desses drones foram destruídos na região de Volgogrado, localizada a mais de 100 quilómetros da fronteira ucraniana, enquanto outros foram abatidos nas regiões de Rostov e Crimeia.
Durante a cimeira em Washington, Trump manteve uma conversa telefónica com o líder russo, Vladimir Putin, para informar sobre os diálogos em curso, que se seguiram à cimeira anterior entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia. A possibilidade de elevar o nível de representação nas futuras negociações de paz com a Ucrânia foi um dos tópicos abordados. Contudo, não foi mencionada uma nova reunião entre Putin e Zelensky.
A Rússia considera Zelensky um presidente ilegítimo desde maio de 2024, quando o seu mandato terminou, enquanto a Ucrânia defende que ainda não foram realizadas eleições presidenciais devido ao estado de guerra que se instalou desde a invasão russa em fevereiro de 2022.