Internacional Zelensky propõe reunião com Putin para discutir cessar-fogo

Zelensky propõe reunião com Putin para discutir cessar-fogo

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou a necessidade de “acelerar o ritmo das negociações com a Rússia”, afirmando estar preparado para um encontro com os líderes russos com o intuito de tratar de um cessar-fogo. 

Até à data, os dois países apenas conseguiram estabelecer acordos limitados, como a troca de prisioneiros e a devolução de corpos de soldados.

Rustem Umerov, secretário do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, terá sugerido à delegação russa a realização de uma nova reunião na próxima semana. As negociações entre os países em conflito têm decorrido em Istambul, na Turquia, ao longo dos últimos meses, mas ainda não se chegaram a consensos que permitam encerrar o conflito.

Em uma declaração em vídeo partilhada nas redes sociais, Zelensky criticou a Rússia por “fugir de tomar decisões” e manifestou a sua disposição em abordar pessoalmente a questão com o Presidente Vladimir Putin.

“É preciso acelerar o ritmo das negociações. Todos os esforços deverão ser empregados para conquistarmos um cessar-fogo. Os russos devem parar de fugir de tomar decisões, como a troca de prisioneiros, a devolução de crianças e o fim das mortes. Uma reunião entre os líderes é necessária para garantir uma paz duradoura. A Ucrânia está pronta”, afirmou Zelensky.

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Essas declarações surgem após o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ameaçado Moscovo com tarifas de 100% caso não se chegue a um acordo de paz com a Ucrânia. Trump fixou um prazo de 50 dias para o Kremlin e expressou o seu desagrado para com Putin, sublinhando que o mercado é “óptimo para resolver guerras” e que a Rússia deveria focar os seus recursos no comércio, em vez de na guerra.

O governo norte-americano, juntamente com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), reafirmou o seu apoio bélico à Ucrânia. Durante um encontro com Trump na Casa Branca, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, destacou que o acordo é significativo e que as armas seriam financiadas por países europeus, uma decisão considerada “totalmente lógica” pelo líder da aliança. O valor das armas em questão ascende a bilhões de dólares.