O Irão manifestou o seu apoio a qualquer iniciativa destinada a erradicar os “crimes de guerra” e a “limpeza étnica” na Faixa de Gaza, em relação ao plano de paz apresentado na semana passada pelo Presidente dos Estados Unidos.
Em comunicado divulgado na noite de domingo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão afirmou: “Apoiamos sempre qualquer iniciativa que envolva o fim da limpeza étnica, dos crimes de guerra e dos crimes contra a humanidade em Gaza.” O ministério enfatizou a “responsabilidade legal e moral” da comunidade internacional para interromper o que classifica como “genocídio em curso” nesta região.
O Irão sublinhou que qualquer decisão sobre um eventual cessar-fogo ou os termos de um acordo deve ser tomada pelo “povo e pela resistência palestiniana”, referindo-se ao movimento islamita Hamas. Contudo, o ministério adverte que “o acordo só será válido se conduzir ao fim do genocídio, ao respeito pelo direito à autodeterminação do povo palestiniano e ao levantamento total do bloqueio” à Faixa de Gaza.
O Hamas, que mantém uma aliança com o Irão no denominado “Eixo da Resistência”, aceitou na sexta-feira o plano de paz do Presidente dos EUA, que propõe a libertação de todos os reféns israelitas, desde que o Governo de Israel cesse os bombardeios sobre o enclave palestiniano.
Além disso, o Irão afirmou que a cessação dos ataques “não isenta” os Estados e as instituições internacionais da obrigação de investigar e processar os crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos por Israel em Gaza.
Teerão expressou ainda esperança na abertura de corredores seguros para a entrega imediata de ajuda humanitária aos habitantes de Gaza e reiterou a sua disponibilidade para participar nos esforços de assistência internacional.
O Presidente dos Estados Unidos anunciou que a primeira fase do plano para terminar com a guerra na Faixa de Gaza e definir o futuro do enclave palestiniano “deverá estar concluída” esta semana.