A companhia aérea sul-africana Solenta Aviation anunciou a aprovação do seu plano de negócios e do Certificado de Operador Aéreo (COA), documentos imprescindíveis para o início das suas operações em Moçambique.
A confirmação foi feita pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), o órgão regulador do sector.
Em comunicado, a empresa afirmou que “após os relatos veiculados na comunicação social, a Solenta Aviation Moçambique confirma que está pronta para iniciar os serviços regulares de passageiros em Moçambique sob a marca Fastjet. O plano de negócios que sustenta a introdução destes serviços e o Certificado de Operador Aéreo foram aprovados pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique.”
A companhia destacou que o único requisito pendente para o início dos voos regulares é a emissão de uma licença, a qual foi paga em Abril passado. “Cumprimos com todos os requisitos necessários para a certificação. Todas as taxas necessárias para a obtenção da licença de operação foram devidamente pagas, pelo que esperamos que esta licença seja emitida em breve”, referiu o comunicado.
A Solenta Aviation assegurou que já dispõe de três aeronaves Embraer 145 em Moçambique e que a equipa de tripulação e o pessoal de apoio já foram recrutados. “Os contractos para assistência a passageiros (manuseio e check-in), fornecimento de catering e abastecimento de combustível já foram assinados. A Solenta Aviation vê Moçambique como um destino atraente para investimentos e está aberta para negócios, demonstrando assim o seu compromisso de continuar a investir no país. Em breve, anunciaremos as datas e destinos dos nossos primeiros voos”, conclui o documento.
A declaração da Solenta Aviation surge após denúncias públicas de tentativas de bloqueio à sua operação no país, mesmo após a apresentação de toda a documentação necessária e o pagamento da taxa de licença. A entrada da Solenta no mercado poderá colocar fim ao monopólio dos voos domésticos exercido pela empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), o que pode ser recebido com resistência por parte dos beneficiários dessa situação.