Internacional Oposição critica decisão de Ramaphosa em suspender Ministro da Polícia

Oposição critica decisão de Ramaphosa em suspender Ministro da Polícia

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, reafirmou a sua decisão de suspender, mas não demitir, o Ministro da Polícia, Senzo Mchunu, face a alegações de interferência nas investigações policiais e contactos com grupos criminosos. 

A decisão gerou críticas por parte dos partidos políticos da oposição.

Ramaphosa defendeu que a demissão de Mchunu, com base em acusações não comprovadas, seria injusta e abriria um precedente perigoso. No âmbito da sua abordagem cautelosa, o Presidente anunciou a criação de uma comissão de inquérito que deverá investigar as alegações e apresentar resultados num prazo de até seis meses.

Durante a apresentação do Orçamento da presidência no Parlamento, Ramaphosa salientou a importância de um processo independente e rigoroso, afirmando: “Essas alegações são graves, mas não foram comprovadas. É necessário apurar os factos para garantir a responsabilização e a confiança pública no serviço policial.”

O Presidente também respondeu às críticas que surgiram em torno da eficácia das comissões de inquérito anteriores, sublinhando que tais opiniões não são corroboradas por evidências.

Na mesma sessão, as comissões parlamentares de Justiça e da Polícia recomendaram a criação de um comité ad-hoc para analisar as declarações do comandante de Kwazulu-Natal, General Nhlanhla Mkwanazi, que apontou o crime organizado como infiltrado em várias instituições, incluindo a polícia, com o conluio de altos responsáveis da corporação, fazendo alusão ao Ministro Senzo Mchunu.

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Enquanto a situação se desenrola, Ramaphosa designou o Ministro dos Recursos Minerais e Petrolíferos para acumular as funções da pasta da polícia até 1 de Agosto, data em que o Professor Firoz Cachalia assumirá, também de forma interina, a direcção da polícia sul-africana.