Sociedade Moçambique reforça compromisso com a economia azul e a preservação dos oceanos

Moçambique reforça compromisso com a economia azul e a preservação dos oceanos

Moçambique reafirma a sua determinação em maximizar os benefícios proporcionados pelo mar, priorizando a utilização sustentável dos recursos marinhos e o avanço da “economia azul”. 

Este compromisso inclui áreas como o turismo, a pesca, a indústria de gás e petróleo, a criação de áreas marinhas protegidas e o desenvolvimento de infra-estruturas portuárias e de transporte marítimo.

A renovação deste compromisso ocorreu durante um seminário, realizado em Maputo, sob a égide do Dia Mundial dos Oceanos, que se celebra no próximo dia 8 de Junho. O Secretário de Estado do Mar e Pescas, Momade Juízo, sublinhou que o planeamento sustentável é crucial, destacando o lema deste ano: “Catalisando a Acção para o Nosso Oceano e o Clima”.

“Reconhecendo a vital importância do mar para o nosso país, que vive e se sustenta através do mar, o governo está decidido a maximizar os benefícios oferecidos por este recurso, sempre com uma perspectiva sustentável”, afirmou Juízo.

O compromisso de Moçambique está alinhado com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, especificamente com o Objectivo número 14, que defende a protecção da vida marinha através da conservação e utilização sustentável dos oceanos e dos seus recursos.

O Secretário de Estado alertou ainda para os desafios actuais que ameaçam os oceanos, como a crise climática e a exploração crescente dos seus recursos. “É necessário adoptar uma abordagem mais criativa e inovadora para lidar com as questões marinhas, enfatizando a importância da acção global em vez de soluções isoladas”, explicou.

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Com uma linha de costa que se estende por 2.700 quilómetros e 60% da população a residir na zona costeira, Moçambique tem reforçado o seu quadro político e legal em prol da gestão sustentável do mar. O governo tem aprovado diversas estratégias e iniciativas capazes de promover o desenvolvimento ambiental, social e económico do país.

Momade Juízo também destacou a necessidade de elevar a responsabilidade colectiva e individual na defesa dos oceanos e dos ecossistemas marinhos. Ele frisou que a protecção destes recursos é uma missão de todos, tendo em conta os desafios como o combate à pesca ilegal, a destruição de mangais e a proliferação de resíduos, especialmente plásticos.

Apesar das dificuldades, o Secretário de Estado reconheceu as iniciativas do governo para assegurar o uso responsável dos recursos marinhos, promovendo o desenvolvimento socioeconómico do país enquanto se preserva a saúde ambiental. Ele valorizou particularmente as contribuições das comunidades, da sociedade civil e de vários intervenientes nas questões marítimas como essenciais para inverter a situação actual.

A “economia azul” é vista como uma estratégica relevante para promover o crescimento sustentável, criar emprego, melhorar a segurança alimentar e capacitar mulheres e jovens.