Sociedade Transportadores pedem cancelamento de greve nacional que causou prejuízos incalculáveis

Transportadores pedem cancelamento de greve nacional que causou prejuízos incalculáveis

A Associação dos Transportadores Interprovinciais da Junta fez um apelo ao cancelamento da “greve nacional” convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que em apenas três dias provocou impactos económicos considerados “incalculáveis”.

Durante o período de paralisação, que decorreu de segunda a sexta-feira, apenas um autocarro de 60 lugares conseguiu seguir viagem com menos de 40 passageiros.

A greve, marcada pela primeira vez no país, iniciou na segunda-feira e resultou em tumultos que afectaram o funcionamento de diversas instituições públicas e privadas, além de comprometer os sistemas de transporte urbano, interprovincial e internacional.

A situação de caos foi sentida em várias localidades, destacando-se na capital, Maputo, onde a Estrada Nacional No 1 (EN1) e a Estrada Nacional No 4 (EN4) foram bloqueadas com barricadas e pneus queimados, causando o estrangulamento do trânsito e a destruição de veículos.

Gil Zunguze, representante da Associação dos Transportadores Interprovinciais, lamentou a situação, salientando que, apesar de estarem prontos para operar, a falta de passageiros impossibilitou a realização das viagens. “Com a greve, nós sempre somamos prejuízos. Um transportador paralisar só um dia já é um prejuízo enorme.

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Isso não afecta apenas os transportadores, mas também todos os moçambicanos, pois a paralisação do interprovincial impacta o urbano, que é de onde conseguimos os passageiros”, afirmou Zunguze.

O impacto da greve não se limitou ao transporte nacional. “Estamos a falar também do transporte internacional, que não se moveu, e dos países vizinhos que dependem de nós. Todos nós sofremos prejuízos incalculáveis”, acrescentou o representante dos transportadores.

No meio deste cenário, alguns passageiros que tinham planeado viagens para quinta-feira solicitaram serem transportados em um dos poucos autocarros que ainda operavam, que tinha como destino a província de Tete. Contudo, mesmo assim, o autocarro partiu com apenas 40% da sua capacidade preenchida.

A Associação dos Transportadores Interprovinciais espera que a situação se normalize rapidamente e que medidas sejam tomadas para evitar novos episódios que possam comprometer ainda mais a já fragilizada economia moçambicana.