A Montepuez Ruby Mining (MRM) expressa a sua apreensão em relação à mineração ilegal na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, financiada por comerciantes estrangeiros, sublinhando que esta atividade explora e coloca em perigo a juventude, incluindo crianças.
A empresa considera que a mineração ilegal na região exerce pressão sobre as comunidades locais e priva Moçambique das receitas fiscais essenciais provenientes de seus recursos minerais.
A preocupação foi apresentada durante um encontro nesta terça-feira (30), onde a MRM discutiu o andamento de suas operações, relacionamento com as comunidades locais, interação com os trabalhadores e desafios impostos pela mineração ilegal com o Governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo.
A MRM é a detentora da mina de rubis em Namanhumbir, distrito de Montepuez, em Cabo Delgado.
Durante as discussões, Tauabo elogiou a abordagem transparente da MRM, considerando-a um exemplo para Cabo Delgado, sendo pioneira na transparência e compartilhamento de informações.
O governador também classificou a MRM como o projeto de mineração mais transparente de Cabo Delgado, destacando iniciativas proativas, como a declaração de impostos e a divulgação de informações sobre as operações.
A MRM é voluntariamente pioneira na prática de convidar representantes do governo para supervisionar o processo de venda de rubis, garantindo a exatidão dos relatórios de receitas e o pagamento de impostos e royalties conforme o valor total de vendas, conforme comunicado da empresa.
Tauabo insta outras empresas na província a seguir o exemplo da MRM, buscando transparência em suas operações.
A MRM tem convidado outras empresas na área de recursos naturais a adotar iniciativas de transparência da sua empresa-mãe, Gemfields, visando garantir que os moçambicanos aproveitem ao máximo os recursos do país.
Durante o encontro, a MRM informou o governador que permanece otimista quanto ao seu contínuo apoio aos projetos sociais em Namanhumbir. A empresa reafirmou que, com a adição da segunda planta de processamento (prevista para operar a partir de meados de 2025), espera aumentar sua contribuição em impostos, considerando que a expansão triplicará a capacidade de processamento e, consequentemente, aumentará a produção.