Sociedade Contágios aumentaram 20% na última semana

Contágios aumentaram 20% na última semana

O número de contágios pelo vírus Monkeypox em todo o mundo aumentou 20% na última semana, em que foram contabilizados 7.500 novos casos, anunciou, ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o balanço feito, ontem, pela OMS, em conferência de imprensa, o total de contágios desde o início do surto ultrapassa os 35 mil e a doença provocou 12 mortes.

Com casos registados em 92 países, o vírus circula quase exclusivamente na Europa e na América e quase todos os contágios são identificados em homens que praticam sexo com outros homens, mas a OMS sublinhou a importância de se protegerem do vírus todos aqueles que vivam com pessoas infectadas.

A propósito de uma notícia divulgada, na terça-feira passada, que dá conta de um possível primeiro caso de transmissão da infecção de um humano para um cão, em Paris, França, a OMS disse que foi informada do caso, apontando que não se trata de uma situação inesperada, uma vez que os animais domésticos vivem habitualmente num ambiente fechado e em proximidade com a pessoa infectada, à semelhança de restantes membros da família.

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O responsável de Emergências Sanitárias da OMS considerou que o risco nessa situação está sobretudo relacionado com a possibilidade de o vírus se instalar numa nova espécie e evoluir, o que pode alterar a forma como o vírus funciona ou a resposta imunitária que provoca.

“Não devemos permitir que o vírus se estabeleça noutra população animal, há que tomar todas as precauções”, sublinhou Mike Ryan.

Na mesma conferência de imprensa, a especialista em varíola da OMS, Rosamund Lewis, explicou que há várias formas de as pessoas se protegerem em contexto familiar, designadamente isolando o doente, mantendo uma boa higiene e manuseando os resíduos com cuidado. A vacina é outra opção, mas actualmente a procura supera a oferta.

Relativamente à vacina, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, admitiu preocupação com o potencial risco de uma nova situação de acesso desigual, em prejuízo dos países mais pobres, como aconteceu durante a pandemia da Covid-19.