Já há casos suspeitos da variante Ómicron, no País. O facto foi tornado público pelo ministro da saúde, Armindo Tiago, em conferência de imprensa, havida em Maputo.
A detecção destes dois casos suspeitos foi possível na sequência da testagem do arquivo das amostras positivas do mês de Novembro, através do programa de vigilância genómica, como resultado do surgimento da variante Ómicron, semana finda na África do Sul.
Estes factores levaram o ministro da saúde a apelar à serenidade e assegurar que, mesmo com os dois casos suspeitos da variante Ómicron, não há motivos para pânico, explicando que, primeiro, Moçambique continua, por um lado a registar uma situação epidemiológica favorável e, por outro, não há actualmente evidência científica que tenha demonstrado maior potencial de transmissão da variante Ómicron, e mais importante, que esta cause doença mais grave ou que escape à protecção gerada pelas vacinas.
Acções em curso para resposta à variante Ómicron
Em seguimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (Africa CDC) e da Comissão Técnico-Científica para Prevenção e Resposta à Pandemia da COVID-19, Moçambique já está a implementar acções específicas em resposta ao surgimento da variante Ómicron na região.
Ao todo são cinco as acções, nomeadamente: Intensificação das acções de comunicação e fiscalização para melhorar o cumprimento das medidas básicas de prevenção da COVID-19; Continuação da vacinação em massa contra a COVID-19; Intensificação da vigilância em todos os pontos de entrada, incluindo a testagem de COVID-19 nestes pontos; Fortalecimento da vigilância genómica do SARS-CoV-2; e Preparação do sistema de saúde para uma eventual quarta vaga da pandemia.
A variante Ómicron foi identificada na África do Sul, no Botswana e em vários países em outros continentes, sendo que até ao momento, já foram identificados a nível global 213 casos da COVID-19 causados pela nova variante, em 18 países em todos os continentes.