A constatação é da Faculdade de Ciências Naturais da Universidade Lúrio. A instituição aponta que entre as espécies ameaçadas de extinção na Ilha do Ibo, em Cabo Delgado, constam plantas e peixes, e apela para que haja medidas no sentido de resolver o problema.
Da lista das espécies ameaçadas constam Tarenna Pembensis, uma planta nativa de Cabo Delgado, mas já em risco de extinção; Coffea Racemosa, o conhecido café do Ibo, que igualmente pode desaparecer.
Em relação aos peixes em risco de extinção, pesquisadores aperceberam-se da existência de três espécies que também estão ameaçadas, nomeadamente: a epinepheluf fuscoguttatus, a garoupa manchada, a epinepheluf malabaricus, a garoupa malabarica e chaetodon trifascialis.
Entre as causas da ameaça à biodiversidade, de acordo com a pesquisa da Universidade Lúrio, está a sobrepesca, a introdução de espécies exóticas e o uso da terra para agricultura.
Entretanto, além do risco de extinção, os pesquisadores descobriram igualmente que não existe uma informação actualizada sobre o estado de conservação de mais de 50 espécies de plantas, peixes, anfíbios, répteis, insectos, macroinvertebrados, que estão na lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza.
Além da biodiversidade, o estudo incluiu ainda uma pesquisa sobre a cultura da Ilha do Ibo, um local histórico e um dos patrimónios da humanidade escolhidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).