Sociedade Mais de 100 técnicos de saúde fogem de terroristas em Cabo Delegado

Mais de 100 técnicos de saúde fogem de terroristas em Cabo Delegado

Os técnicos, de diversas especialidades – entre enfermeiros e médicos – abandoaram as zonas afectadas pelo terrorismo e encontram-se na cidade de Pemba, onde deverão reforçar o pessoal que atende os pacientes com COVID-19.

Segundo o ministro da Saúde, Armindo Tiago, em Cabo Delgado não haverá recrutamento de profissionais de saúde, uma vez que as lacunas serão preenchidas pelos referidos técnicos.

A informação foi tornada pública na quarta-feira (28), pelo ministro da Saúde durante uma visita ao Hospital Distrital de Quissico, em Inhambane.

No local, além de interagir com os funcionários daquela unidade sanitária e visitar a maternidade modelo, o governante manifestou preocupação com as condições da cozinha do mesmo hospital e exigiu solução urgente do problema. Aquele hospital é dos mais modernos no país. Contudo, a cozinha onde se prepara alimentos é improvisada e a lenha ainda o único combustível possível.

No Hospital Distrital de Quissico, Armindo Tiago apelou ao tratamento humanizado dos pacientes. Disse que alguns profissionais de saúde fizeram o curso porque querem esse título e usar bata branca, no entanto sem vocação para o efeito.

O ministro lembrou ainda que a função dos profissionais de saúde “é acarinhar os pacientes. O amor ao próximo deve ser a nossa bandeira”.

“Alguns de nós foram fazer a formação em Medicina, trás de um título ou porque querem usar a bata branca. Mas a nossa missão mais importante é acarinhar o paciente, o amor ao próximo deve ser a nossa prioridade. O mais importante é sermos tecnicamente bons” e também, “sermos excelentes de coração para tratar bem bem o nosso paciente”, aconselhou Armindo Tiago.

O governante esteve também no centro de isolamento transitório para pessoas infectadas com COVID-19.

Na cidade de Maputo, o Ministério da Saúde pretende contratar novos profissionais de saúde para reforçar as equipas nos centros de isolamento para pessoas com COVID-19. Noventa e seis serão para o Centro de Saúde da Polana Caniço e 26 para o centro de isolamento do Hospital Central de Maputo.

Apesar do aumento de casos do novo Coronavírus na província de Maputo, ainda há capacidade para atender pacientes, assegurou Armindo Tiago, que desde ontem está de visita à província de Inhambane.