Enfermeiros moçambicanos ouvidos pelo O País defendem a melhoria das condições de trabalho e um salário compatível com as suas funções. Os mesmos consideram que a falta de material de trabalho em tempos de propagação da covid-19 constitui um verdadeiro desafio.
Sobe o lema Enfermeiros uma voz para liderar: Levando o mundo para a saúde, celebrou-se esta terça-feira o dia internacional do enfermeiro. Em Moçambique a data serviu para os profissionais da saúde lembrar as dificuldades que perseguem os profissionais desta classe
“Estamos consciente das inúmeros dificuldades que rodeiam o ambiente de trabalho destes profissionais da saúde que vão desde a insuficiência de recursos, os baixo salários e subsídios de riscos e falta duma dieta compensadora tendo em conta o desgaste físico e psicológico” defendeu a presidente da associação dos Enfermeiros de Moçambique, Maria Olga acrescentando que vão continuar a negociar com o Estado para respostas adequadas.
Trabalhando em condições adversas e muitas vezes acima das suas capacidades humanas, o número de enfermeiros continuam aquém do desejado no país com 14.354 profissionais, onde o rácio indica que dois enfermeiros estão para mil habitantes
“Estamos consciente que este numero ainda não responde a necessidade da nossa população, temos o desfio de acelerar a formação para termos mais enfermeiros para responderes o rácio ideal que seria de seis a oito enfermeiros para cada mil enfermeiros”, avançou o director Nacional de assistência Medica, no Ministério da Saúde, Ussene Issa.
Falando nas celebrações do dia Internacional do enfermeiro, o director nacional de assistência médica chamou a classe para refletir em torno das queixas e reclamações vindo dos utentes sobre mau atendimento destes profissionais.
“Exortamos a classe para fortificar a vigilância dos profissionais da saúde que atendem mal aos pacientes, são poucos mais mancham trabalhos de muitos”.
Reagindo a bastonária da ordem dos enfermeiros anuncia a estar em curso a divulgação do código de ética deontologia e o regulamento do exercício da profissão aprovado pela assembleia da ordem. Entretanto exorta ao Governo a não ignorarem a figura do enfermeiros
“Apelamos o governo no enquadramento destes profissionais em carreiras diferenciadas no sistema nacional da saúde e dar oportunidades a este profissionais a participarem na discussão e implementação dos planos estratégicos”, avançou Maria Acácia tembé Bastonária da Ordem dos Enfermeiros
A enfermagem é uma área da saúde conhecida como a ciência do cuidar, uma profissão que alia o lado humano ao tecno profissão. Actua na linha da frente nos hospitais. A profissão do enfermeiro é fundamental para o suporte qualquer sistema de saúde.
No terreno estes profissionais pretendem entre outros pontos ver reguladas a questões das categorias.
“Estou a 30 anos como enfermeira do nível superior e lamento que até hoje, que não haja diferenciação das categorias de enfermagem, o que faz um técnico superior é o mesmo que faz um enfermeiro do nível medio, não pode ser! Nos outros países já não funcionam assim disse Maria da Conceição Madeira chefe dos enfermeiros no hospital Central de Maputo.
