Está instalado uma anarquia no terminal inter-provincial da Junta. Os passageiros são roubados à luz do dia sob olhar cúmplice da associação dos transportadores e do Conselho Municipal de Maputo.
Este sábado, muitos ou quase todos os autocarros carregavam para Massinga e Vilanculos. Não havia autocarros de Maxixe e Morrumbene. Ou seja, o passageiro que, por exemplo, quisesse descer em Quissico, vila sede do distrito de Zavala, vila de Inharrime, Cumbana (posto administrativo do distrito de Jangamo) cidade da Maxixe ou vila sede Morrumbene, devia pagar o mesmo valor de Massinga ou Vilanculos.
De Maputo a Maxixe, são normalmente 550 meticais. Mas no sábado pagava-se 650 meticais. De Maputo a Vilanculos, são 700 meticais, quem quisesse viajar às pressas podia pagar este valor e descer em locais como Quissico, onde normalmente paga-se 400 meticais.
As condições criadas pela edilidade em que cada passageiro ao entrar no terminal da Junta, através de chapas, pudesse visualizar a zona de destino e o valor a pagar estão a ser baralhadas pelos angariadores.
Estes interceptam os passageiros, perguntam para onde é que vão, acompanham-no até ao autocarro. Chegados lá, o cobrador informa que só carrega para terminal de Massinga. E quem tiver pressa pode embarcar. Outros privilegiados são os trabalhadores da África do Sul que além de trazerem muita carga, não estão familiarizados com os preços reais.
Panda e Inhambane Céu
Os autocarros para Panda, que desvia de Inharrime, e Inhambane Céu, que desvia de Lindela, também carregavam passageiros que fossem até aos terminais. Quem quisesse descer pelo caminho, devia pagar o preço do terminal. Se medidas correctivas não forem tomadas, a situação poderá piorar nos próximos dias.
Centro e norte calmos
Na bilheteira para as zonas centro e norte, o ambiente estava calmo. Os preços dos bilhetes eram vendidos a preço real. Aliás, o movimento de passageiros para estas regiões é fraco.