Sociedade Saúde Governo recomenda aproximação entre medicina moderna e tradicional

Governo recomenda aproximação entre medicina moderna e tradicional

A directora do Instituto de Medicina Tradicional no Ministério da Saúde, Felisberta Gaspar, disse ontem em Maputo que a medicina moderna em Moçambique não cobre todo o País, então deve-se trabalhar com o grupo praticante da medicina tradicional e sua comunidade na melhoria dos seus conhecimentos ligados à saúde.

Felisberta Gaspar falava na abertura do Workshop Nacional sobre o Protocolo de Swakopmundo sobre os conhecimentos tradicionais, folclórico e os seus regulamentos de Implementação, que decorre desde ontem em Maputo.

Aprovada em 2004, a política da medicina tradicional constituiu uma plataforma de debate das questões conceptuais relacionadas com o conhecimento tradicional e das expressões de folclórico. Igualmente, promover a disseminação da informação das medidas que podem ser levadas a cabo a nível nacional para o estabelecimento do sistema de protecção de certas doenças.

Felisberta Gaspar contou que a protecção da malária vai ser a primeira linha daquilo que é o tratamento tirado das comunidades que hoje estão a dar um grande contributo no tratamento de certas doenças. Referiu que já existem plantas tradicionais cientificamente aprovadas que fazem parte do rolo daquilo que são misturas modernas que hoje são utilizadas amplamente a nível do mundo. “Para Moçambique, o conhecimento dessa ligação de medicina tradicional e moderna não só vem valer aquilo que é a importância e o chamamento que o mundo dá para ter atenção e poder proteger estes conhecimentos. Vai igualmente valer em grande medida em termos de medicamentos que possam ser descobertos tratamentos de certas doenças ”, acrescentou a fonte.

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Promover iniciativas que terão impacto global

O director regional da ARIPO, Fernando dos Santos, disse que o Governo moçambicano deve promover iniciativas para a adopção de uma convenção que terá um impacto global. O facto é para permitir o desenvolvimento das comunidades locais que há séculos vêm cultivando e usando os conhecimentos tradicionais e o folclore no País. “Um número considerado de medicamentos modernos é produzido à base de plantas medicinais que foram descobertas por algumas comunidades locais. Incumbi ao Governo desenvolver um quadro jurídico nacional para a protecção dos conhecimentos tradicionais”, disse.

Comunidades recebem pouco pela contribuição

Na ocasião, o secretário permanente da Saúde, Marcelino Lucas, disse que as comunidades detentoras de conhecimentos de plantas medicinais, pouco ou nenhum benefício recebem pela contribuição dada. “Para além disso, tem-se assistido a episódios de indivíduos que se apropriam desses conhecimentos, obtêm título individual e procedem à exploração comercial sem nenhuma compensação para as comunidades detentoras desses conhecimentos”, disse
Lucas referiu que a protecção dos conhecimentos tradicionais e do folclórico permite que as comunidades possam explorar os seus conhecimentos, impedir o seu ilícito por indivíduos estranhos e de maneira consciente dar consenso ao seu uso com a devida e justa remuneração.

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