Sociedade Meio Ambiente Famílias por reassentar sete meses após chuvas

Famílias por reassentar sete meses após chuvas

No pico da calamidade, a cidade de Maputo chegou a ter 12 centros de acomodação, a maior parte dos quais nos distritos municipais de KaMubukwana, KaMaxakeni e KaMavota. Cinco mil pessoas foram acolhidas, representando pouco mais de 1200 famílias, de acordo com números oficiais apresentados na altura.

As chuvas destruíram completamente 309 casas e de forma parcial 486 e deixaram inundadas perto de 1200 habitações, forçando milhares de pessoas a procurarem abrigo em escolas, igrejas e outros centros.

A nossa Reportagem que visitou há dias alguns centros de acomodação do distrito de KaMubukwana ouviu relatos de desespero de gente que há sete meses vive em condições deploráveis e cada dia espera ser atribuída um talhão onde possa refazer a sua vida.

O desejo de todos eles é ver cumprida, sem demora, a promessa do Conselho Municipal de Maputo de um dia reassenta-los em novos bairros, onde possam reerguer as suas vidas sem mais ameaças de destruição pela água da chuva.

Madalena Ernesto, cuja família partilha com outros 13 agregados um salão na Escola Secundária Graça Machel, disse que há meses que não recebe nenhum apoio institucional.

Recomendado para si:  Defesa de Artimiza Magaia pretende recorrer da sentença de difamação

Acrescentou que há dias a Vereação do pelouro a nível do distrito disse estar para breve o seu reassentamento, mas desconhecem o destino. Especulava-se que possam seguir para Chihango, onde está a outra parte das 61 famílias que viviam no centro ou então para o distrito de Marracuene, a cerca de 30 quilómetros do centro da cidade de Maputo.

Tal como outros ocupantes daquele espaço, a vida está difícil para Madalena, esposo e as três crianças. O que mais desejam é uma rápida saída do centro para o local de reassentamento e ajuda para reiniciar a vida.

Outras cerca de 40 famílias vivem numa infra-estrutura do Conselho Municipal num ponto alto de “Matendene”, Zimpeto.

Ao que apuramos, chegaram a ser centenas de famílias naquele local. Mas boa parte delas regressou às origens em Magoanine A e B.

Entretanto, as autoridades garantem que o cenário vai mudar dentro de dias. David Cangua, vereador de KaMubukwana, disse a nossa fonte que o reassentamento está em curso.

Esperava-se esta semana que um grupo de vítimas das cheias de Magoanine B avançasse para Chihango, enquanto se preparam condições para o reassentamento das demais famílias.

Noticias